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Dias de terror no Brasil

 

Final

Estes dias fiz o exercício de paciência e assisti a um telejornal na televisão. Após alguns instantes, a tela da TV parecia estar coberta de sangue. Nos quatro cantos do país, a morte se faz presente a todo o momento.

A jovem professora, grávida, repleta de sonhos, foi subitamente atacada, levando um tiro em seguida, na cidade de São Paulo. Após algumas horas, não resistiu e morreu. Sua criancinha foi salva rapidamente em um parto arriscado.

A polícia também sofrendo ataques a cada minuto. Desde soldados até delegados, sendo atingidos brutalmente.

Vivemos em uma nação violenta. Um simples congestionamento, em uma via movimentada, pode ser palco de arrastões. Pessoas desorientadas sem ter para onde fugir dos bandidos.

No Paraná, a padaria que já foi assaltada trinta e nove vezes. Até a equipe de televisão, foi feita de refém, quando fazia uma reportagem dentro da mesma.

Pais que matam filhos e filhos que matam os próprios pais. É a violência familiar a cada novo dia. Os abusos surgindo e fazendo seus piores estragos.

Uma cena que me chamou bastante a atenção é a Cracolândia de São Paulo. Jovens rapazes e moças, inclusive com crianças no meio, completamente viciados e transtornados, vivendo em um mundo de ilusões e pesadelos. As operações policiais neste local e as fugas em meio as movimentas ruas, com os atropelamentos de crianças, como recentemente assistimos.

Quanta discussão ouvimos a respeito do desarmamento por aqui. Mas por enquanto somente na teoria, pois na prática, as armas estão fazendo suas vítimas a todo o instante.

Assim como a jovem brasileira, que no último sábado, atravessava a Ponte da Amizade, indo em direção ao país vizinho Paraguai. Em uma manhã ensolarada, um empurrão e um tiro disparado. Sua vida sumindo em fração de segundos em meio ao sangue e desespero dos familiares e amigos.

Os presos recebendo a liberdade para as festas de final de ano. Até parece uma atitude bonita, mas os mesmos gostaram da vida fora das grades e muitos destes não voltaram mais, para completarem as suas penas com a justiça.

Assassinos confessos, que recebem a visita da imprensa, em tardes de domingo para alavancar a audiência. Até pedidos de perdão podemos presenciar. Cenas que emocionam uma nação que não prioriza a paz.

As novelas que mostram a realidade, da falsidade, mentira e vícios diversos. Até a morte sendo mostrada em prosa e verso. Mas na prática das nossas vidas, tudo é muito diferente. Uma simples visita ao cemitério, como vimos em Brasília, pode ser transformada em tragédia. Que país é este? Fica a interrogação para todos…

 

Emerson Pugsley é cidadão

 

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