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O Partido das Trevas no país do ‘oba, oba’ (Parte 1)

Sandro Ferreira

 

Para convencer a maioria do eleitorado na eleição presidencial de 2002, o então candidato Lula e o PT publicaram a Carta ao povo brasileiro, na qual se comprometiam a respeitar as regras institucionais e econômicas vigentes na época, em vista do temor de grande parte da classe média e, principalmente, de grandes empresários com uma ruptura nos fundamentos do Plano Real, o qual o PT havia chamado de estelionato eleitoral em 1994 e o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, escreveu que duraria só até a eleição de Fernando Henrique Cardoso. Hoje, sabemos que a moeda nacional, o Real, está prestes há completar vinte anos tendo conseguido domar o dragão da inflação e dar um rumo melhor para o país, possibilitando aos brasileiros planejarem suas finanças e seu futuro. Reconheça-se a prudência de Lula em prosseguir com a política econômica de FHC, chamando para a presidência do Banco Central o banqueiro internacional e recém-eleito deputado federal pelo PSDB-GO, Henrique Meireles, que salvou o país de um colapso num momento muito difícil, quando o risco Lula fez o dólar ir para quase R$ 4.

No entanto, se no campo econômico o Brasil conseguiu continuar avançando, não podemos dizer que o mesmo se deu na área institucional, pois há dez anos o Estado brasileiro vem sendo aparelhado indiscriminadamente pelo PT e pelos partidos alugados no Congresso Nacional. Nem a Receita Federal foi poupada. Estatais, Ministérios e repartições estão repletos de assessores com carteirinhas do PT, para o qual ainda destinam um dízimo do salário. Provavelmente hoje, só as Forças Armadas estejam livres desse organograma de poder partidário na máquina estatal, porém, já deve ter havido infiltrações de arapongas militantes para destrinchar as entranhas do Exército. José Dirceu deve ter pensado nisto quando ainda era Primeiro Ministro.

Ou seja, além da manipulação popular feita pela propaganda onipresente do governo federal, bancada com verbas dos contribuintes, o PT também tomou de assalto o maior patrimônio do país, que é a sua estrutura de Estado, reconstruída a duras penas depois da redemocratização e encaminhada através da Constituição de 1988, a qual não por acaso o PT ausentou-se de assinar no dia de sua promulgação. Lula e o PT desdenham as regras do jogo democrático e até a mais alta corte de Justiça do país, o Supremo Tribunal Federal. Alimentam com fartas verbas publicitárias mídias nacionais, regionais e blogs de companheiros, enquanto difamam e caluniam a imprensa independente, a qual sonham um dia censurar. Acolhem em abraços e jantares os célebres coronéis do cangaço nordestino, José Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros, este último reconduzido à presidência do Senado graças ao PT, mesmo tendo uma ficha corrida que faria Lampião parecer trombadinha. Além da incomparável lista de escândalos de corrupção envolvendo gente graúda e miúda do partido de Lula. Teve até dólares na cueca, mas a praxe mesmo são as malas pretas lotadas de dinheiro passando de mãos em mãos por Brasília.

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