Em tempos de pontos corridos e torneios mata-mata, algo parece estar desconexo no futebol brasileiro. O pragmatismo na clássica tese de que quando se joga fora a prioridade é se defender para então depois resolver tudo em casa, continua a ser o mantra no Brasil. Essa prática até era válida na época em que a vitória valia dois pontos ou não havia o gol qualificado. Hoje em dia isso não funciona. Nos pontos corridos, empatar não leva a nada e em competições como a Copa do Brasil e Libertadores da América, quem não balançar as redes fora praticamente assina a eliminação.
Sem dúvida, essa ideia de que jogando em casa tudo se resolve fica mais desencontrada quando há o gol qualificado. Como exemplo recente, temos a eliminação do Corinthians nas oitavas de final Libertadores da América. O campeão brasileiro foi despachado porque jogou para não perder no Uruguai e depois fracassou em casa, graças aos gols qualificados que o valente Nacional comemorou no Itaquerão.
Somado a isso, obviamente também está clara a pobreza técnica dos nossos bravos jogadores. Que aula de futebol o Grêmio tomou diante do Rosário Central, em todas as matérias. Nesse embalo, coincidência ou não, restaram na Libertadores Atlético Mineiro e São Paulo, ambos treinados por um uruguaio e outro argentino, respectivamente.
Por aqui, o Operário Ferroviário segue na Copa do Brasil justamente pelo gol marcado em Criciúma. Motivado, vai encarar o Paysandu, dia 17, no Germano Kruger, no primeiro confronto do mata-mata.