Estímulos
Um dia desses, ao terminar uma palestra, um profissional chegou e disse-me: eu quero aprender a pensar diferente, mas eu não sei por onde começar. Expliquei-lhe que nós somos altamente influenciados pelos estímulos que recebemos ao longo de nossa vida e também pela ausência de alguns tipos de estímulos como, por exemplo, se uma pessoa foi criada num ambiente em que havia austeridade na educação, o respeito exagerado à hierarquia onde ele deveria se reportar ao seu pai ou à sua mãe com extrema subordinação, algo que você via no Brasil com grande intensidade há 100 anos atrás, tenha certeza, essa pessoa terá problemas para conviver com outras pessoas sem que utilize toda essa lógica de respeito, de subordinação.
Opção
A verdade é que o ambiente molda a pessoa, influencia mediante estímulos na formação de suas crenças. Quem tem dificuldades para pensar diferente deve usar a humildade para avaliar que tipo de dogmas, que tipo de crenças ele tem e que ele não consegue flexibilizar, lembrando que um dogma é uma crença sobre a qual não se exige qualquer tipo de comprovação ou justificativa. Simplesmente a pessoa opta por acreditar naquilo e pronto. É importante que o profissional analise quais são os dogmas que estão conectados aos seus valores e que ele deve preservar, e quais daqueles dogmas que o arrastam para um mundo mais restrito, para o pensamento mais limitado e que o impedem de pensar diferente.
Desprender
Julgar os outros, por exemplo, sobre situações que ele não admite para si é uma forma de entender quando a pessoa está agarrada a dogmas errados, como uma pessoa que não aceita certas brincadeiras no ambiente de trabalho porque na sua casa, na sua família, na sua criação, isso não acontecia. Às vezes esses dogmas levam a pessoa a não interagir corretamente com os colegas e também a não respeitar como os colegas foram criados. Resumindo, se você quer aprender a pensar de uma maneira inovadora, o primeiro passo é aprender a se desprender de algumas crenças ou dogmas que você cultua de maneira excessiva, ou pelo menos, estar predisposto a entender o outro lado e analisar depois o que você deve manter como crença, e o que você deve flexibilizar.