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Construção civil apresenta recuperação e se destaca entre os setores de Ponta Grossa

Apesar de o primeiro semestre de 2020 registrar menos de a metade da metragem quadrada aprovada nos primeiros seis meses de 2019, de abril para junho o total das obras a ser construídas em Ponta Grossa quadruplicou. Os dados foram repassados ao Diário dos Campos pela assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal e comentados pelo então presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos (AEAPG) Rafael Mansani, que concedeu uma entrevista transmitida ao vivo pelo DC.

“Esses números do Departamento de Urbanismo são os mais consolidados; por eles dá para se ter uma ideia real do que está acontecendo no mercado da construção civil. Pela instabilidade do sistema econômico como um todo houve um recuo na quantidade de novas construções, alvarás expedidos e consequentemente da metragem das obras. Essa retomada se deve um pouco ao novo Plano Diretor, pois muitos construtores, visando alterações nele, solicitaram alvarás agora para garantir o direito à construção dentro do Plano antigo”, avalia Mansani, ressaltando que as obras que já estavam em andamento tiveram continuidade: “Isso pode ser percebido pelo número de funcionários e saldo de empregos”.

Para ele, o mercado da construção civil traz muitos benefícios ao Município. “É o mercado que mais contrata mão de obra não especializada, aquela que realmente está disponível no mercado de trabalho, além de absorver outras mais especializadas, como carpinteiro, mestre de obras, etc.”, destaca o engenheiro.

Rafael Mansani também lembra que a atividade do setor rende muitos tributos, aumentando a arrecadação pública. “Tem a taxa de alvará, de Habite-se, de ISS… É um mercado que abastece o Município de impostos por um longo tempo”, diz o presidente da AEAPG, que finalizou a sua gestão de dois anos na Associação na noite desta quarta-feira, passando o cargo para o engenheiro Roberto Pelissari – presidente também da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (AMTT).

Verticalização

Na contramão da crise, a quantidade de prédios com alvarás liberados para construção aumentou neste ano, na comparação com o primeiro semestre de 2019. Até junho vinte edificações com três ou mais pavimentos foram aprovadas em Ponta Grossa, contra quatorze no ano passado. Em conotação percentual o crescimento é de 14%.

“Em termos de desenvolvimento urbano a verticalização sempre é mais interessante porque é um crescimento menos oneroso, onde não aumenta-se o perímetro urbano e, consequentemente, o investimento é menor em termos de infraestrutura – isso desde que não traga impactos, não onere e não dificulte a circulação de pessoas e veículos no entorno”, contrapõe Mansani.

 

Setor é destaque na empregabilidade

Conforme divulgado na edição de ontem (22) do Diário dos Campos o setor da construção civil foi o segundo com a menor quantidade de acordos trabalhistas feitos durante a pandemia em Ponta Grossa: de acordo com dados do Ministério da Economia foram 365 registros, o correspondente a apenas 7,7% do total de trabalhadores contratados pelo setor na cidade.

No Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) plataforma do Ministério da Economia que indica todas as movimentações de vagas com carteira assinada na cidade, o segmento é o que registra o melhor desempenho, bem à frente dos outros. Enquanto que o saldo de empregos total de Ponta Grossa soma -104 vagas, a construção civil fez 1.639 contratações a mais do que demissões – o que aponta a criação de novos postos de trabalho formais.

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