Ponta Grossa já teve à disposição vacina contra a dengue na rede particular até o fim do ano passado, mas, devido ao contrato prioritário da fabricante do imunizante com o governo federal, todas as doses em estoque foram repassadas ao Ministério da Saúde. Cada dose era comercializada ao preço médio de R$ 430.
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A reportagem pesquisou locais particulares que aplicam vacinas no município, que confirmaram os estoques zerados. Já há até lista de espera de pessoas interessadas na vacina, mas ainda não existe previsão de recebimento de novas doses.
Além disso, Ponta Grossa ainda não está na lista de municípios prioritários para receber a vacina Qdenga pelo governo, já que as doses não são suficientes para atender todo o País. No Paraná, apenas duas regionais de saúde – Londrina e Foz do Iguaçu – receberam o imunizante.
Outras formas de prevenção
A médica infectologista Gabriela Gehring destaca que a vacinação é a maneira mais eficaz de se prevenir a dengue. Na falta dela, é importante que as pessoas usem repelente e, principalmente, combatam os focos do mosquito. “Cuidar das nossas casas, dos arredores, dos nossos bairros. Não pode haver nem uma pocinha de água parada”, alerta.
Gabriela confirma que houve um “aumento importante” de pacientes com sintomas de dengue nas unidades de pronto atendimento e hospitais de Ponta Grossa. Segundo ela, os sintomas são muito parecidos com outras doenças causadas por vírus. Entre eles estão dor de cabeça e nas articulações, náuseas, vômitos e diarreia. “Se completar 24 horas ou 48 horas com esses sintomas, é preciso procurar atendimento para receber as orientações sobre medicamentos, dieta e repouso”, explica.
O paciente precisa ser reavaliado em cinco dias ou até antes, caso apareçam sinais de alarme, como: dor abdominal intensa, diminuição do volume urinário, sensação de falta de ar e sangramentos.