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Faltam medicamentos nos postos de saúde de PG

José Aldinan Oliveira

Taíco: “Muitos cidadãos nos relatam que chegam buscar determinado medicamento e não encontram”

A Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa vai protocolar requerimento na próxima semana para solicitar informações à Secretaria Municipal de Saúde referentes à falta de medicamentos nos postos de saúde do Município e qual o motivo. Conforme o vereador Altair Nunes Machado (PTN), o ‘Taíco’, são frequentes as denúncias que chegam à Casa de Leis relacionadas ao assunto.

“Muitos cidadãos nos relatam que chegam buscar determinado medicamento e não encontram”, diz o parlamentar. Temerosos, em função da crise financeira enfrentada pelo Executivo, vereadores que integram a Comissão estão percorrendo alguns postos de saúde para constatar in loco como está a situação. “Muitos funcionários têm medo de retaliação. Por conta disso, vamos protocolar o requerimento solicitando as informações à Prefeitura. Há casos ainda que falta material para fazer a troca de curativos “, diz.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Ponta Grossa informou, no final da tarde de ontem, que a falta de medicamentos é pontual e pode ter sido causada por problemas no sistema informatizado, que controla o estoque do Município. Ainda conforme a assessoria, nenhuma unidade de saúde comunicou o problema à Secretaria de Saúde. “Ainda assim, a coordenação de Farmácia irá verificar a situação em todas as unidades de saúde do Município”, cita a nota.

Na semana passada, a Comissão também visitou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Santa Paula, inaugurada oficialmente há pouco mais de dois meses. Na ocasião, o vereador Antonio Laroca Neto (PDT) – líder do bloco de oposição da Câmara – comentou sobre a preocupação dos parlamentares com a saúde. “Me preocupa se os repasses estão sendo feitos e se a população está sendo bem atendida”, disse.

Ainda nesta semana, o Diário dos Campos mostrou também a insatisfação de médicos que atuam no Hospital Municipal Amadeu Puppi, também conhecido como Pronto Socorro. Sem receber desde setembro deste ano, médicos prometem interromper o atendimento de consultas e manter somente emergência e urgência caso os salários não sejam pagos ainda nesta semana. Se isso não ocorrer, o grupo que procurou a reportagem afirma que há a possibilidade de paralisar os serviços.

Além do setor da saúde, a crise também atinge a educação. Os repasses do programa Pró-Educação não ocorrem desde setembro, o que afeta a manutenção mensal das unidades escolares, inviabilizando a aquisição de material de consumo para uso diário, pequenas reparações e a contratação de empresas de monitoramento eletrônico, seguro patrimonial e locação de ônibus para aulas passeio.

Além da educação e da saúde, outros setores da Prefeitura também sentem o reflexo da crise financeira. Faltam combustíveis para abastecer os veículos do Parque de Máquinas da Prefeitura. A informação no entanto, é contestada pelo Executivo, que afirma racionamento no uso.

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