Rodrigo Covolan |
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Ontem, representantes da Prefeitura e da Fauepg se reuniram no Hospital Municipal |
A partir de hoje, a gestão médica do Hospital Municipal de Ponta Grossa ficará sob a responsabilidade Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Institucional, Científico e Tecnológico da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Fauepg). A passagem da administração do HM, da Prefeitura para a fundação, ficou acordada em contrato assinado no final do mês de setembro. Ainda ontem, representantes da fundação e da Prefeitura se reuniram na instituição hospitalar. Objetivo foi conhecer os detalhes e as condições de funcionamento do hospital.
A estrutura do hospital melhorou bastante nos últimos anos o que, para mim, foi uma surpresa. A UTI está sendo reformada novamente e verificamos uma melhora grande no centro cirúrgico. Encontramos uma estrutura boa, o que precisa agora é melhorar a qualidade médica, comenta o coordenador médico da Fauepg e Secretaria Municipal de Saúde, Carlos Henrique Ferreira Camargo.
De acordo com ele, o convênio também permitirá a criação de protocolos de atendimento, melhorando o fluxo de pacientes. Claro que as mudanças não ocorrerão do dia para a noite. A melhoria na qualidade do atendimento vai acontecer em médio e longo prazos, mas a nossa intenção é transformar esse hospital em referência, enfatiza.
O coordenador do convênio entre a Fauepg e a Secretaria Municipal de Saúde, Everson Krum, detalha que a participação da Fauepg não se limitará a prover de médicos o Hospital Municipal. Trata-se de um projeto de mudança no modelo de assistência oferecido, atualmente, pelo Hospital Municipal.
Krum explica, ainda, que a Fundação será responsável pela gestão de toda a área médica, com exceção dos setores de ortopedia e radiologia, que permanecem sob a responsabilidade da Prefeitura. Não cabe à Fundação, ainda, a direção administrativa e de gestão das outras áreas como enfermagem, farmácia, nutrição, hotelaria hospitalar, serviço social, compra de materiais e medicamentos. Mas essas áreas receberão auxílio técnico no que for preciso para elaboração de protocolos, treinamentos e estágios acadêmicos.
Foco, ainda de acordo com Krum, será garantir que em caso de falta de médicos sempre haja substituto à disposição dos pacientes. Atualmente, o Hospital Municipal não possui diretor clínico, portanto não há como resolver situações relacionadas a possíveis desvios de conduta médica ou falta ao plantão. Também, no hospital, vamos implantar a classificação de risco, ou seja, o paciente receberá o atendimento conforme a gravidade.
CAS
O CAS Central, que atende ao lado do Hospital Municipal, também será gerenciado pela Fauepg. Através da Fundação, serão contratados dois médicos, à disposição das 7 às 21 horas. No total, no CAS Central, serão quatro médicos à disposição da população, contando com os dois profissionais que já atendem no local, explica Everson Krum. No CAS, estão disponíveis consultas eletivas e procedimentos menos complexos, como inalação e injeções.
Urgentes
Everson Krum salienta que o Hospital Municipal presta atendimento a casos de urgência e emergência. De acordo com Krum, em casos não urgentes, como consultas médicas por exemplo, o paciente deve buscar atendimento nas unidades de saúde ou, ainda, nos Centros de Atenção à Saúde (CAS)
HM terá a partir de hoje
– 3 médicos clínicos, sendo dois 24 horas por dia e o terceiro em horários de maior procura;
– Médico rotineiro para acompanhar pacientes em observação;
– Um médico responsável para cada 10 pacientes internados para efetuar os acompanhamentos necessários;
– Um cardiologista e um neurologista, que farão visitas diárias e, ainda, ficarão de sobreaviso noturno;
– Um médico na UTI 24 horas por dia, além de outros dois médicos, com título de especialista em UTI, sendo um responsável pelo setor e, o segundo, responsável pela visita aos pacientes