Fábio Matavelli |
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O mastologista explica que as mulheres devem ficar atentas para dores e sangramentos nas mamas |
O câncer de mama é a doença mais incidente na população feminina, segundo o Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA), com estimativa de 49 casos novos a cada 100 mil mulheres em 2010. Na Região Sudeste, esse é o tipo mais incidente, 65 casos a cada 100 mil habitantes, seguida das regiões Sul, com 64 casos, Centro-Oeste com 38 casos e Nordeste com 30. O câncer de mama é também o primeiro em mortalidade por câncer em mulheres, com taxa bruta de 11,49 a cada 100 mil.
De acordo com o médico mastologista e também presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional do Paraná, Fábio Mansani, os tumores são classificados em quatro grupos diferentes. Com os novos conhecimentos da genômica, os tumores são classificados em luminal A, luminal B, HER2 e triplo negativo, ou seja, eles apresentam características próprias que determinam diferentes níveis de gravidade e padrões de resposta também diferentes aos tratamentos realizados, além de possibilitar o desenvolvimento de novas drogas específicas a cada um deles, explica.
Um dos principais sintomas do câncer de mama, segundo o mastologista, costuma ser a presença de nódulo palpável de mama. Mas quando isto ocorre ele já não é muito inicial. O ideal é o diagnóstico na mulher sem nenhum sintoma. Outras queixas como dor, sangramento pelo mamilo, retrações e feridas na pele e no mamilo só vão ocorrer quando a doença já está avançada.
É possível diagnosticar o câncer de mama através de exames de mamografia, ultrassonografia mamária e ressonância magnética mamária. A confirmação é realizada pela biópsia que pode ser feita por punção com agulha fina ou agulha grossa. A biópsia por cirurgia dever ser evitada, pois pode atrapalhar o melhor tratamento, explica o especialista.
Segundo informações da Sociedade Brasileira de Mastologia, é recomendado realizar o exame médico anual, preferencialmente pelo mastologista a partir dos 25 anos e a realização da mamografia anual após os 40 anos. Quando há história médica familiar dever iniciar aos 35 anos, ou 10 anos antes da idade do parente que teve a doença, na idade do diagnóstico, comenta dr. Fábio Mansani.
O especialista conta ainda, que a grande maioria das mulheres diagnosticadas com câncer de mama são curadas. Existe cura principalmente quando o diagnóstico é realizado precocemente, quando o índice de cura ultrapassa os 95%.
Reforço que além dos cuidados de prevenção já citados, a vida equilibrada, alimentação saudável e a busca pela qualidade de vida são as melhores formas de prevenir não só o câncer de mamas, mas a maioria das doenças que afetam o ser humano, alerta o mastologista.