As autoridades do setor de segurança de Ponta Grossa acreditam ter esclarecido a morte do policial militar José Osni Pigatto, 52 anos, e da namorada dele, Luci de Fátima Galvão Bulek, 55, além de outros dois casos de roubos violentos cometidos no município nos últimos dias. Nesta quinta-feira, três rapazes suspeitos de envolvimento nos crimes foram mortos em confrontos com a Polícia Militar. Cinco pessoas foram detidas, uma adolescente de 15 anos e outro homem, de 34 anos, foram detidos e confessaram os roubos e mortes. Eles deverão responder, entre outros crimes, por formação de quadrilha e roubos. Os outros três detidos eram dois adolescentes de 12 e 16 anos e um jovem de 18 anos. Eles não têm ligação com as mortes, mas estavam envolvidos com a quadrilha e os roubos. Até o fechamento desta edição, o Instituto Médico Legal (IML) não havia confirmado oficialmente a identidade dos suspeitos.
O comandante do 1º Batalhão da PM, major Edmauro Assunção, explicou que, além de executar Pigatto e Luci, a organização criminosa também foi responsável pelo assalto a um taxista, há pouco mais de dez dias, e também à residência de um guarda municipal, na última terça-feira. Trata-se de uma quadrilha cujas ações eram muito violentas. No caso do taxista, eles acharam que tinham matado a vítima, comentou o major. O intuito dos bandidos era roubar veículos e revendê-los no Paraguai, o que fizeram com a caminhonete de Luci e com a Renault Duster do taxista Orlando Telles Paulino, 45.
Prisões e mortes
Segundo Edmauro, a PM recebeu informações de que um dos envolvidos no assalto ao casal foi com a Nissan Frontier para o País vizinho e que retornaria para Ponta Grossa na manhã desta quinta. Os policiais conseguiram abordá-lo quando estava se encontrando com dois dos seus comparsas, na vila Vicentina. Os três fariam a repartição dos R$ 10 mil da venda caminhonete.
No entanto, de acordo com o comandante, esses dois suspeitos acabaram reagindo à ação policial e acabaram mortos. Com eles, a PM apreendeu dois revólveres calibre 38. Já o rapaz que foi ao Paraguai acabou detido.
Durante as diligências, os policiais descobriram a participação de uma adolescente de 15 anos e foi ela quem os levou ao outro suspeito de nome Willian que acabou morto. Pedimos para que ela combinasse de entregar a parte do dinheiro e fomos até a casa dele, no Costa Rica II. Ao perceber a presença da polícia, ele fugiu com um revólver. Houve confronto e ele morreu, explica. Foi este rapaz, segundo o major, que teria executado o cabo da PM e a namorada.
Dois dos acusados foram mortos numa troca de tiros na vila Vicentina