Moradores da rua Jorge Becher, no bairro Oficinas, em Ponta Grossa, se depararam com centenas de medicamentos descartados irregularmente às margens da rua, próximo a um terreno baldio, na noite de segunda-feira (30). A surpresa maior foi descobrir que esses remédios estavam todos lacrados e dentro da validade para utilização. A maior parte tinha vencimento a partir de 2019, e chamou a atenção uma inscrição no rótulo, que dizia “proibida venda ao comércio”.
O DC foi ao local descrito, no início da tarde desta terça-feira, mas todos os remédio haviam sido recolhidos por populares. Alguns moradores mostraram fotos comprovando que os produtos estavam jogados no chão. Um deles, que recolheu três sacolas de medicamentos, disse que daria destinação correta ao produto. “Vi ali no chão e fiquei com receio. Muita criança passa pelo local, e se resolver ingerir esses remédios, as consequências seriam preocupantes. Pensei em tentar levar para uma reciclagem”, comentou, pedindo para não ser identificada.
A maior parte dos medicamentos é da marca paracetamol que, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), tem distribuição realizada pelos municípios. A Secretaria Municipal de Saúde informou, via assessoria de imprensa, que os medicamentos não foram recebidos pela Prefeitura de Ponta Grossa, que descartou a possibilidade de eles serem provenientes de alguma unidade de saúde ou centro municipal de distribuição.
Identificação
A Sesa acrescentou que os medicamentos distribuídos aos municípios têm os repasses feitos via Consórcio Paraná Saúde. A reportagem contatou o Consórcio, que atua junto a 397 município. OA instituição recebeu as informações de lote, validade e laboratório fabricante, e informou que irá verificar se os medicamentos são provenientes de alguma distribuição via Consórcio. Em caso afirmativo, irá trabalhar para identificar como os remédios foram parar em via pública.
