Mais de 200 estudantes de colégios estaduais de Ponta Grossa realizaram uma manifestação, na manhã de quarta-feira (5). Com faixas e cartazes, os jovens reivindicaram a proposta pelo governo federal, que prevê mudanças no Ensino Médio. O ato foi coordenado pela União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Ponta Grossa (Umesp).
Entre várias medidas propostas está a ampliação da carga horária mínima anual – as atuais 800 horas serão gradualmente ampliadas para um total de 1.400 horas. Além disso, a proposta também prevê que as disciplinas de Artes, Filosofia, Sociologia e Educação Física não sejam mais obrigatórias.
“Os estudantes se reuniram contra as leis que acabaram com a educação. Nós prezamos pela nossa liberdade de expressão e não queremos ser fantoches do governo. A Umesp manifesta há 32 anos em Ponta Grossa e essa força só vem crescendo cada vez mais. O nosso próximo ato será ocupar as escolas e ir muito mais além para que as coisas não fiquem desse jeito”, disse a estudante e integrante da Umesp, Milena Colaço Borges, 17 anos.
Ainda pela manhã, os alunos do colégio estadual Ana Divonir Boratto se recusaram a entrar nas salas de aula. Eles também protestaram contra a reforma do Ensino Médio e pediram pela construção de uma sede própria. Atualmente, eles estudam em um prédio na Vila Borato cedido pela Prefeitura de Ponta Grossa.
“Estamos há anos esperando pela nova escola. A estrutura é muito precária e quando chove ocorre alagamentos nas salas. Além disso, os banheiros são muito precários”, disse o estudante João Pedro Cordeiro, 18 anos.
Estado
Em nota encaminhada à reportagem do Jornal Diário dos Campos, a Secretaria Estadual de Educação informou que o projeto de obras do colégio Ana Divanir Borato está em fase de contratação de projetos complementares. “Após essa etapa, que tem até 90 dias para conclusão, inicia-se a licitação da obra”, garantiu.
