Uma adolescente de 17 anos viveu momentos de pânico após ser agredida por um vizinho durante uma briga por um terreno. Ela percorreu três unidades policiais desde que levou a surra, mas não conseguiu registrar a ocorrência. Ele tem uma arma de fogo e ameaçou todo mundo, diz a menor. Hoje (21), as unidades policiais só atenderam casos urgentes devido à paralisação nacional da categoria.
Ela foi agredida no fim da tarde de terça-feira (20) no Jardim Dom Bosco. Segundo ela, vizinhos que se mudaram recentemente entraram no terreno da sua irmã. A adolescente conta que foi tirar satisfação com os vizinhos e foi ameaçada.
Os invasores tentaram agredir a mãe da adolescente com um facão quando ela resolveu intervir. Ela estava com um tijolo na mão quando um homem partiu para a agressão. A menor ficou com o olho direito inchado e arranhões no pescoço e nos braços. A irmã dela, Jucélia Garcia da Costa, também foi agredida na orelha esquerda. Ela quase teve o carro danificado pelos agressores.
A Polícia Militar (PM) foi chamada e lançou spray de pimenta nos agressores para conter a confusão. No entanto, ninguém foi preso. Jucélia conta que levou a irmã na 13ª Subdivisão Policial. Como já tinha passado das 18h, o Boletim de Ocorrência não foi confeccionado. Ela e a irmã ainda foram à Delegacia da Mulher e ao 1° Distrito Policial, mas os locais não atenderam hoje por causa da paralisação da Polícia Civil. Ela recorreu ao Conselho Tutelar, mas ainda não tinha feito exame de lesão corporal.
O delegado-chefe da 13ª SDP, Danilo Cesto, confirmou que a sede não faz mais BO após as 18h por causa da redução do efetivo. Disse ainda que hoje, devido à paralisação, só foram atendidas emergências. Mas, o direito da pessoa não é lesado porque durante o dia qualquer unidade pode fazer ocorrências, afirmou.