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Radar que fiscaliza barulho dos veículos já pode multar? Veja a resposta

Foto: Portal do Trânsito

Quem nunca se deparou com uma motocicleta emitindo um ronco ensurdecedor? Ou, ainda, aquela caminhonete com o escapamento estourando? Enfim, são vários os sons que se emitem no trânsito que podem incomodar e até mesmo causar problemas de saúde.

Um radar em experimentação na cidade de Curitiba promete flagrar e autuar esse tipo de irregularidade, relacionada a barulho. No entanto, apesar de já estar em funcionamento, o equipamento – conhecido como radar de barulho – ainda não pode multar os infratores.

A iniciativa, porém, já foi comunicada ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o que torna o processo de regulamentação cada vez mais próximo.

Para ajudar na compreensão dos leitores, o Portal do Trânsito, parceiro do DCmais, foi descobrir como funciona o radar que fiscaliza o barulho dos veículos.

Instala-se o equipamento junto a um radar de fiscalização eletrônica que mede a velocidade dos veículos. De acordo com Herick Dal Gobbo, coordenador da Unidade de Monitoramento por Dispositivos Eletrônicos da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito de Curitiba, o equipamento tem o propósito principal de flagrar o excesso de ruído gerado nas ruas.

“A partir do momento em que uma fonte sonora acima de um determinado nível de decibéis ultrapassa o limite indicado, o sistema automaticamente é acionado e o equipamento começa a tirar fotos e gravar vídeos de possíveis fontes sonoras ruidosas irregulares”, diz.

O coordenador conta ainda, que qualquer tipo de veículo pode ser flagrado.

“Todos os sons capturados com uma pressão sonora acima do limite pré-estabelecido, seja carro, moto ou qualquer objeto que esteja trafegando na pista com nível do ruído acima do limite estabelecido será captado e posteriormente analisado”, aponta Dal Gobbo.

Veículo que mais foi flagrado

Durante os testes realizados em Curitiba, não houve surpresa nos resultados. “Como já se esperava, as motocicletas com escapamento aberto apresentaram o maior índice de pressão sonora acima do limite. No entanto, aconteceram outros casos, como carros com som alto e até uma carretinha metálica acoplada a um veículo”, conta.

Assista a entrevista completa com Herick Dal Gobbo, coordenador da Unidade de Monitoramento por Dispositivos Eletrônico da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito de Curitiba.

Regulamentação do Contran para o radar do barulho

O equipamento que está em teste em Curitiba servirá de parâmetro para uma futura decisão dos órgãos federais responsáveis. “O Contran, Conama e Inmetro precisam regulamentar normativas técnicas para que seja possível fiscalizar os ruídos de forma automática e metrológica. Os testes de Curitiba servirão de subsídio técnico com informações para que se tome decisões da melhor forma possível”, expõe o coordenador da Setran.

Apesar de ser uma tecnologia que já se usa em países como a França, o monitor de ruídos ainda é inédito no Brasil e, portanto, não é possível usá-lo para autos de infrações. No entanto, como explica a superintendente de Trânsito Rosângela Battistella, os dados podem ser usados para fomentar ações de educação.

“Com base nas informações de perfil comportamental desses motoristas, vamos conseguir identificar o horário de maior incidência e o tipo de veículo, para que possamos atuar com blitze educativas e também com a fiscalização”, aponta Battistella.

A superintendente reforça que não é possível utilizar o equipamento para infrações até que haja aprovação dos órgãos de segurança, pois necessita de homologação.

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