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Motofaixa pode diminuir acidentes e facilitar o tráfego? 

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Exemplo de aplicação de Faixa Azul, na Linha Amarela, no Rio de Janeiro (RJ)

Quem circula há muito tempo em São Paulo (SP) deve se lembrar das tentativas de aplicação da motofaixa na região central da capital paulista e na Zona Sul. Um exemplo da dúvida sobre a quão benéfica ou não essa faixa especial para motos pode ser é a Avenida Sumaré.  

Um ano antes de aplicarem a faixa para motos nessa via, 11 acidentes com moto foram registrados. Após um ano da aplicação da faixa especial, o número saltou para 27. 

Então, por que as motofaixas estão voltando? 

Vamos olhar para a atual motofaixa, presente na Av. 23 de Maio, em São Paulo (SP).  Antes da implementação: 

  • As faixas de automóveis da avenida variavam entre 2,5 e 2,95 metros de largura. 
  • As faixas de ônibus tinham 5,85 metros de largura. 

Para incluir a faixa exclusiva de motos, a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo – CET: 

  • Padronizou a largura das quatro faixas para veículos em 2,7 metros. 
  • Estreitou a via exclusiva para ônibus para apenas 3,40 metros de largura.  

Com isso, foi possível “encaixar” uma nova faixa exclusiva (de 1,4 metro de largura) para o tráfego de motociclistas, motonetas e ciclomotores. 

Na Faixa Azul: efeito positivo ou negativo? 

No fim das contas é benéfico ou não aplicar a motofaixa nos grandes centros urbanos? Foto: Envato.

Com essa ação na Av. 23 de Maio, a “Faixa Azul” (motofaixa) obteve um saldo positivo no primeiro ano. Isso porque, segundo a prefeitura de São Paulo, não houve nenhum registro de acidente com óbito envolvendo motos no local onde há a faixa.  

Afinal, na mesma avenida, entre os anos de 2018 e 2020, foram registradas 117 ocorrências envolvendo motos. Destas, 129 tiveram feridos e 4 resultaram em óbitos, segundo a CET. 

De acordo com a prefeitura, houve uma redução de lentidão da Av. 23 de Maio em 2022, se comparada aos índices de 2019. 

Ou seja: quanto melhor o planejamento para se implementar a motofaixa, mais efetiva ela será. 

Mudando de cenário, no Rio de Janeiro, foram criados alguns espaços para motos pararem nos sinais, no bairro da Lagoa, em 2019. O objetivo era reduzir os acidentes de trânsito de forma geral. 

Exemplo do resultado da aplicação da motofaixa na Linha Amarela, no Rio de Janeiro (RJ). Fotos: Larissa Moutinho

Além disso, criando esses espaços específicos, fica nítida a diminuição no número de motociclistas que mudam constantemente de faixa.  

Em resumo, em termos de custo-benefício, a motofaixa se destaca como uma solução para os problemas de trânsito no Brasil. Esse recurso ajuda a melhorar a qualidade de vida dos condutores e também colabora com o meio ambiente, já que com o trânsito mais fluido, os veículos passam menos tempo parados em engarrafamentos, resultando em menor emissão de gases poluentes.

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