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Fabricante brasileira detém 29,5% das patentes em sistemas de controle do tráfego no mundo

Controle de sistema de tráfego
Ultimamente houve um crescimento do número de veículos circulando. Isso provocou diversos problemas relacionados à mobilidade. Foto: Divulgação.

Dos 115 depósitos de patente existentes no Brasil e no mundo – voltados à propriedade intelectual de sistemas de controle do tráfego de veículos rodoviários – 34 deles ou cerca de 29,5% foram solicitados pela empresa de soluções em mobilidade brasileira Velsis, situada em Curitiba.

Ao todo, a Velsis é responsável por 34 depósitos de patentes, sendo oito no Brasil e 26 em países como China, Estados Unidos, Peru, México, Europa, Colômbia, Canadá e Costa Rica.

Os investimentos em tecnologia para controle de tráfego contribuem para que o Brasil, bem como outros países, avancem para alcançar a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê a redução em 50% no número de mortes e lesões ocasionadas no trânsito até 2031.

Segundo o documento – que é uma das iniciativas da Década de Ação para a Segurança no Trânsito, os acidentes são responsáveis por 1.3 milhão de óbitos evitáveis e 50 milhões de machucados.

Um bom exemplo é a capital baiana, Salvador, que, com o uso de tecnologia de monitoramento, reduziu em 50% o número de mortes no trânsito nos últimos dez anos, saindo de 260 mortes ao ano para 130 mortes por ano.

Mobilidade urbana

Segundo o Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), as Smart Cities, como também são chamadas, são aquelas que investem em capital humano e social, e utilizam a Tecnologia da Informação (TIC) para melhorar a sua gestão e propiciar aos seus cidadãos uma melhor qualidade de vida.

O ICI enfatiza, ainda, que, as cinco características primordiais de uma cidade inteligente são: população, governo, sustentabilidade, mobilidade e qualidade de vida.

Neste sentido, os dados referentes às patentes no setor de mobilidade urbana no Brasil integram o estudo Controle de Tráfego em Cidades Inteligentes: um panorama dos depósitos de patente no Brasil e no Mundo. Ele foi produzido e publicado pela Coordenação Geral de Estudos, Projetos e Disseminação da Informação Tecnológica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A entidade também elabora o Radar Tecnológico, que tem como objetivo acompanhar o desenvolvimento tecnológico de tecnologias relativas às Cidades Inteligentes, particularmente ao Controle de Tráfego, no Brasil e no mundo.

De acordo com o mais recente levantamento, foram encontrados 1.440 documentos que correspondem ao controle de tráfego urbano terrestre. Estes dados permitem compreender o cenário mundial dos depósitos de pedidos de patente. No entanto, na categoria de Sistemas de controle do tráfego de veículos rodoviários, são apenas 115 pedidos de depósito de patente em todo o mundo.

Trechos do documento ressaltam que com a crescente concentração populacional nos centros urbanos nas últimas décadas, houve um crescimento do número de veículos circulando. Isso provocou diversos problemas relacionados à mobilidade. Dentre eles, a velocidade média dos veículos de outros impactos negativos como a maior incidência de óbitos.

Tecnologia Nacional de sistemas de controle de tráfego

Entre as tecnologias patenteadas pela Velsis estão equipamentos eletrônicos de fiscalização de infração de trânsito com sensores intrusivos do tipo laço indutivo. E, também, sensores de pesagem de alta precisão, instalados no pavimento. “Estabelecido em vias de grande fluxo de caminhões, o WIN, por exemplo, registra todos os veículos e captura imagem. Dessa forma, permitindo a perfeita identificação quanto à marca, modelo, placa, local, data e horário da infração. Além disso, pode gerar um vídeo, tornando o registro ainda mais incontestável”, explica Guilherme Araújo, diretor presidente da Velsis.

De acordo com ele, as patentes são elementos-chave para medir o avanço das tecnologias nos países. E, talvez, o que é mais importante, o impacto delas no desenvolvimento.

“As patentes garantem a propriedade intelectual e o uso exclusivo dos sistemas desenvolvidos, mas também, refletem o dinamismo da produção de conhecimento e avanços tecnológicos que têm um impacto positivo nas sociedades”, completa.

Por outro lado, a disponibilidade e a facilidade de acesso a informações sobre patentes, bem como a atualização periódica dos bancos de dados pelos escritórios de propriedade intelectual, permitem um monitoramento constante da inovação tecnológica. Assim, expondo produtos e tecnologia aos mercados de interesse. “A patente é uma etapa importantíssima na implantação dos projetos tecnológicos inovadores. Isso porque torna pública informações como, por exemplo, quem é o inventor, quem é o depositante e tudo ao que se refere às tecnologias necessárias para uma avaliação do INPI das premissas de Novidade, Atividade Inventiva e Aplicação Industrial. Assim como deve revelar como um técnico na área de aplicação pode vir a reproduzi-la”, acrescenta Eduardo Pereira da Silva, CEO da Pereira Bertozzi Propriedade Intelectual, escritório que atua na área há mais de 35 anos.

Informações sobre patentes

Ele conta que, atualmente, no Brasil leva-se em torno de quatro anos para se obter uma patente. Já, nos Estados Unidos o tempo de espera é de um ano e meio. “Neste período avalia-se a tecnologia, o potencial de vendas e o quanto vale este bem intangível que está na inteligência do que se produziu”, reforça.

No entanto, a disponibilidade e a facilidade de acesso a informações sobre patentes, bem como a atualização periódica dos bancos de dados pelos escritórios de propriedade intelectual com atividade inventiva, permitem um monitoramento constante da inovação tecnológica. Assim, expondo produtos e tecnologia aos mercados de interesse. “O registro de patente é como uma certidão de nascimento da tecnologia. Elas contém dados do inventor, do detentor dos direitos econômicos e da tecnologia”, explica Eduardo.

Finalizando ele destaca que a vigência das patentes é de 15 ou 20 anos, dependendo da data do depósito ou do tipo de patente. Além disso, ao se publicar as tecnologias objetos de patente, permite ao público conhecê-las, forçando aos concorrentes buscarem soluções melhores. Dessa forma, aumentando o nível de desenvolvimento técnico do país. “Nesse aspecto, no Brasil a Velsis tem sido a pioneira e tem inventado e desenvolvido tecnologias de alto nível mundial”, conclui.

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