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Empresa projeta mais de 700 veículos furtados ou roubados em São Paulo até o fim da semana 

Ter um automóvel no Brasil é sinônimo de alerta diário. Isso porque, de acordo com dados divulgados no Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) no último mês de julho, o número de veículos envolvidos em roubo ou furto cresceu 8% em 2022, alcançando a marca de 373.225 ocorrências em todo o país – o que significa mais de mil registros por dia.  

Apontado como um dos estados com incidência acima da média nacional, no ano passado, São Paulo teve aumento de 15,4% nesse tipo de crime.

Em 2023, já foram registradas 111.778 ocorrências no estado de São Paulo, considerando os meses de janeiro a outubro.

Desse total, 47.348 se deram na capital, onde a Avenida Sapopemba, no bairro Jardim Adutora (na Zona Leste), é considerada a mais perigosa, com 248 incidências no período; Avenida das Nações Unidas (173), Avenida Raimundo Pereira de Magalhães (158), Avenida Ragueb Chohfi (158) e Estrada de Itapecerica (121) completam o top 5 de endereços com maior incidência de sinistros na capital. 

Os dados são da Carbigdata – plataforma especialista em soluções de big data analytics para o segmento automotivo. “Esses números nos permitem projetar que o estado de São Paulo deve receber cerca de 775 ocorrências até sexta (22), superando os mil registros se estendermos o recorte para domingo (24)”, pontua Pedro de Paula, CEO da startup fundada há três anos.  

Na Região Metropolitana, dois endereços de Guarulhos acendem o alerta. São eles: Rodovia Presidente Dutra (BR 116), no bairro Cumbica, e a Rua Joaquina de Jesus, no Taboão. No ABC, a região mais afetada é Santo André – Avenida dos Estados, no Jardim Alzira Franco, e Rua Porto Alegre, na Vila Assunção. “Nesses locais, até outubro, houve o registro de aproximadamente 341 furtos e roubos”, pontua o executivo. 

Outro dado relevante é o tipo de veículo.

Na capital, modelos como Onix, HB20 e Gol são os mais visados; na abrangência de todo o estado, Ka e Uno integram a lista. Digitalizando o segmento, a startup oferece soluções de monitoramento para prevenção de fraudes, reconhecimento de placas e recuperação de veículos utilizando dados em tempo real. Além disso, ferramentas específicas, que incluem estruturas avançadas de dados, Machine Learning e OCR (reconhecimento óptico de caracteres, em português).  

“Ter ciência desses números e da localização mais propensa aos roubos e furtos de veículo pode ajudar milhares de brasileiros a não entrar para as estatísticas. A Carbigdata nasceu para atender uma demanda latente do ecossistema automotivo, que também é bastante impactado pela inadimplência. No contexto geral, auxiliamos na recuperação de mais de 50 mil veículos nesses três primeiros anos de empresa”, comenta Pedro. 

Para quem arrisca não ter seguro, dobram-se as preocupações. No Brasil, todos os meses não se recupera aproximadamente 21 mil veículos que não têm seguro, dessa forma, gerando um prejuízo médio de R$1 bi. “O impacto que o roubo e furto causa na vida do brasileiro é imenso, especialmente quando o veículo tem financiamento. Vai o bem, fica a dívida. Embora nosso foco seja o B2B, de certo modo temos auxiliado essa parcela da população (que não tem seguro) a partir da parceria feita com essas empresas de segurança”, encerra o executivo.  

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