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‘BR o quê?’: Saiba de onde vêm os nomes das rodovias brasileiras

Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

As letras e números que compõem o nome das rodovias não são escolhidas ao acaso. Pelo contrário: eles fazem todo o sentido.

Que as BRs são as rodovias federais e as PRs, SCs, SPs e tantas outras se referem as vias estaduais, é algo intuitivo. Mas os números que seguem as letras, identificando cada via, são estabelecidos no Plano Nacional de Viação (PNV). O nome da estrada representa uma informação valiosa sobre o posicionamento do viajante no território nacional.

Como são definidos os nomes das rodovias?

São sempre três números: o primeiro indica o tipo da rodovia, e os dois seguintes definem a posição, a partir da orientação da rodovia em relação à capital federal, Brasília, e aos limites norte, sul, leste e oeste. 

As rodovias que começam com o algarismo 0, como a BR-060, ligam Brasília ao restante do país, são as chamadas rodovias radiais, configurando um círculo em torno da capital federal.

Já as que começam com o algarismo 1 (por exemplo, a BR-158, que liga municípios da região de Paranavaí ou a BR-101, que leva ao litoral catarinense) são classificadas como longitudinais, ou seja, possuem orientação no sentido norte-sul.

As rodovias que seguem no sentido leste-oeste (transversal), têm como primeiro algarismo o 2, como a BR-277, que liga Foz do Iguaçu a Curitiba e o litoral, passando por Cascavel. 

As que começam com o número 3 são as diagonais, como a BR-376, que corta Maringá e passa por várias cidades do noroeste paranaense, do Vale do Ivaí e segue até Santa Catarina. 

Por fim, ainda existem as rodovias de ligação, que começam pelo algarismo 4, geralmente ligando rodovias federais.

Os dois últimos números que dão nome às rodovias derivam da localização e da distância que elas estão em relação à Brasília (no caso das federais) e em relação à capital dos Estados (no caso das rodovias estaduais). O chefe da delegacia regional da Polícia Rodoviária Federal, Pedro Faria, explica que as rodovias ao sul da capital têm numeração que varia de 50 a 100 e as que estão ao norte, vão de 0 a 50 – sendo que Brasília é igual a 50. “A rodovia BR-376, por exemplo, está ao sul. E quanto mais elevado esse número, mais distante da capital está a via”, exemplifica.

Essencial também para a orientação dos motoristas é a contagem da quilometragem das rodovias. Pedro Faria explica que ela não é cumulativa de uma Unidade da Federação para outra. Toda vez que uma rodovia inicia dentro de um novo Estado, a quilometragem começa novamente a ser contada a partir de zero. Nas rodovias radiais, o ponto inicial é o anel rodoviário de Brasília, seguindo em direção aos extremos do País. O quilômetro zero de cada Estado é o ponto da rodovia mais próximo à capital federal. Nas longitudinais, por exemplo, o sentido de quilometragem vai do norte ao sul. 

O chefe da PRF na região diz que a maioria dos motoristas desconhece essas informações, porém ressalta que esse tipo de informação é valiosa para quem precisa se localizar na estrada. “Nós sabemos do emaranhado de vias que existem pelo País e a depender do conhecimento do condutor, ele pode entender o sentido da rodovia e contribui para o conhecimento da localização de determinada região”, finaliza. 

*As informações são do portal GMC Online, parceiro de conteúdo do DCmais.

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