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A importância da preservação da saúde mental no trânsito

O Brasil é um dos países que têm o trânsito mais perigoso e letal do mundo. Atualmente ocupa a terceira posição no ranking mundial, atrás apenas de Índia e China em números totais de mortes, segundo a Organização Mundial de Saúde. Dentre as principais causas, estão a imprudência, a falta de atenção, o excesso de velocidade, a ingestão de álcool e o sono ao volante, de acordo com a Confederação Nacional de Trânsito.

Não bastando todo o risco que o motorista brasileiro corre nas ruas e estradas, outros fatores entram em jogo sempre que se tira o carro de garagem: o estresse ao volante. Sendo o Brasil também um dos países com maiores índices de depressão e ansiedade, segundo a ONU, o constante clima de insegurança no trânsito cria um cenário de extrema pressão para motoristas, motociclistas e pedestres.

Logo, dirigir no Brasil pode ser uma experiência extenuante e bastante estressante. Boa parte se deve ao trânsito caótico das grandes cidades e aos constantes engarrafamentos que os motoristas precisam encarar.

O barulho das buzinas e o estado de alerta constante elevam os níveis de cortisol no sangue, o hormônio do estresse, e é ele o responsável pelos quadros de depressão e ansiedade observados no relatório da ONU.

Portanto, há correlação entre o estresse no trânsito e as doenças associadas à saúde mental. Associado a maus hábitos, como má alimentação, falta de exercícios e sono ruim, instaura-se um quadro de problema público de saúde. Campanhas como Janeiro Branco tentam dar conta de conscientizar os motoristas sobre os riscos do trânsito sobre a saúde mental e a importância da busca de atitudes equilibradas ao conduzir seu veículo.

Assim sendo, a preservação da saúde mental é fundamental para a diminuição no índice de acidentes. Um bom começo passa pela adoção de práticas mais saudáveis: melhorias no sono, uma alimentação mais equilibrada e a prática de exercícios contribuem para a diminuição dos níveis de estresse.

Tentar alternar horários ou mesmo o home office, ainda que algumas vezes na semana, pode ser de grande valia neste caso.

Caso não seja possível o trabalho remoto, uma forma de driblar o trânsito é optar pelo transporte público, no caso o metrô. Ou, então, procurar usar a bicicleta ou recorrer às caminhadas. Assim, há a prática de uma atividade física em concomitância ao deslocamento rotineiro. É ainda uma boa oportunidade para colocar os podcasts em dia ou ouvir a playlist favorita, fugindo da poluição sonora das ruas.

Técnicas de respiração, relaxamento ou então meditação podem ser extremamente eficazes para quem sofre no trânsito. Essas práticas ajudam a regular o estresse, e algumas podem ser postas em ação mesmo em um engarrafamento. Desta forma, desvia-se do celular, um grande causador de distrações e, consequentemente, acidentes. Esse “mal moderno” tem sido um desafio, devido a sua presença maciça.

A fim de mitigar os impactos que o trânsito causa, procurar orientação de um profissional de saúde é extremamente recomendável. Essa atitude é muito altruísta, uma vez que o trânsito é algo coletivo. A ajuda psicológica é especialmente benéfica. E, para auxiliar na manutenção da saúde em geral, fazer check-ups e procurar manter uma dieta equilibrada, feita por um profissional formado na faculdade de nutrição, é essencial.

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