Faleceu neste domingo (23) na UTI da Ala Covid do Hospital Universitário de Ponta Grossa o vigia noturno M.M., que residia na Rua Bentevi da Vila Borato, no Bairro Chapada. Ele tinha tinha 69 anos e testou positivo para covid-19, inicialmente por teste rápido no último dia 6 e, três dias depois, pelo exame PCR.
M.M. é a 36ª vítima da doença em Ponta Grossa. Ele deixou esposa e sete filhos, sendo quatro homens e três mulheres. O obituário informa que ele foi sepultado às 15 horas no Cemitério São Vicente de Paula, sem velório. Assim, familiares e amigos não tiveram a oportunidade de se despedir do filho da dona Jesus e do seu Marcílio.
Comorbidades
Segundo a Fundação Municipal de Saúde, M.M. tinha ‘comorbidades’. Palavrinha essa até então ouvida mais em círculos de profissionais de saúde, tornou-se popularmente usual nessa pandemia. No entanto, às vezes tem sido usada como justificativa para óbitos causados por complicações da covid-19. Como se dissessem “ah!, o paciente ia morrer mesmo”.
A grosso modo, comorbidade é simplesmente a ocorrência de duas ou mais doenças etiologicamente relacionadas no mesmo paciente e ao mesmo tempo. (Opa! Etiologia é o ramo do conhecimento que se dedica ao estudo do que pode determinar causas e origens de um determinado fenômeno e não se refere a nenhuma ciência específica).
Basicamente duas definições acompanham o termo comorbidade, que pode ser diagnóstica e prognóstica. A comorbidade diagnóstica é quando o paciente é diagnosticado com uma doença que, com certeza, traz outra consequência já esperada. Já a prognóstica trabalha com possibilidades futuras, não com certeza. É o caso da covid-19 até o momento.