Não é raro que crianças pequenas peçam por uma festa de aniversário temática. O bolo, às vezes, tem um desenho do Homem-Aranha, do Batman, da Princesa Sofia ou da Masha e o Urso. Mas Gabriel, não. Aos cinco anos, ele tem um interesse bem incomum para sua idade: Gabriel quer ser padre.
A família mora na região do Jardim Esplanada, em Ponta Grossa, e é bastante religiosa. Sua mãe, Kelly Tkaczuk, conta que sempre participou da Legião de Maria e da Pastoral da Liturgia. Quando Gabriel tinha dois anos e meio começou a manifestar o interesse pelo ofício do padre.
“Quinze dias depois que ele nasceu, eu já estava de volta às atividades de igreja. Quando ele tinha três meses, ia comigo às atividades. Ele foi gostando muito da roupa que o padre usava e começou a usar um cobertor que fingia ser sua túnica. No aniversário de três anos, ele pediu uma roupa de padre”, recorda Kelly.
A família atendeu o pedido, que se repetiu no último domingo (13). Gabriel comemorou nessa data o quinto aniversário, com direito vestimenta caprichada. A família já se acostumou com o garoto rezando, diariamente, as próprias missas. Sabe os ritos e interpreta o padre com detalhes.
O pai de Gabriel, Romildo Aparecido Mariano, diz que houve um intervalo nesse interesse, que agora foi retomada. “Nosso padre da paróquia veio a falecer, e o Gabriel ficou um tempinho sem celebrar a missa dele. Mas depois voltou a todo vapor. A gente fica feliz”, comenta.
Padre-mirim
O padre-mirim, que com menos de três anos levantava uma bolacha Maria e dizia “corpo de Cristo”, hoje sabe as cores da liturgia e todo o vocabulário, além de repetir celebrações anuais como o rito de lava-pés. “A casa está virada na capela”, comenta a mãe.
Para ela, seria uma alegria ter um filho padre. Mas ela diz que não força nada, e que todo o interesse partiu somente dele. “A gente coloca nas mãos de Deus. Se for só uma brincadeira, apoiamos. Mas, ter um religioso na família seria maravilhoso, especialmente no mundo em que a gente vive”, diz Kelly.
