A delegada titular do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), Ana Paula Cunha Carvalho, concedeu ontem entrevista ao Jornal Diário dos Campos e portal DCmais.
Um dia depois de divulgar a prisão de suspeitos em um caso grave de abuso sexual coletivo contra uma adolescente de 13 anos, a delegada comentou sobre a repercussão deste tipo de crime, as dificuldades da investigação e os impactos no âmbito familiar da vítima, bem como sobre a profissionalização da Polícia Civil para atuar nestes casos.
Segundo a delegada, a quantidade de casos de violência e abusos sexuais contra crianças e adolescentes oscila muito e a minoria dos crimes vêm à tona. “O crime sempre vai existir. No entanto, nós temos uma Polícia Civil cada vez mais preparada para investigar e responsabilizar os autores, além de proporcionar à vítima condições de denunciar os delitos”, comenta.
O Nucria de Ponta Grossa oferece uma estrutura de apoio, acolhimento e segurança para que as crianças e adolescentes vítimas de crimes possam realizar as denúncias, inclusive com o trabalho de psicóloga. Segundo a delegada Ana Paula, como os crimes muitas vezes acontecem dentro do próprio núcleo familiar, existe muita subnotificação nos delitos.
Porém, uma vez que a denúncia seja feita, a PCPR têm tido êxito em investigar e indiciar os suspeitos dos crimes ao Poder Judiciário.