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Ventilador mecânico da UTFPR de PG é aprovado em teste de hospital

Foto: UTFPR/Divulgação

Foto: UTFPR/Divulgação

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – campus Ponta Grossa realizou um dos principais testes do ventilador mecânico desenvolvido pela universidade para o tratamento de pacientes internados com a covid-19. O protótipo passou pelo chamado teste de bancada no Hospital do Trabalhador, em Curitiba, entre os dias 23 de março e 7 de abril, e agora está apto a passar para a próxima etapa chamada de teste clínico que consiste em utilizar o aparelho nos próprios pacientes.

O projeto denominado AIR (Aparelho de Interface Respiratória) vem sendo desenvolvido, desde março de 2020, pelo Laboratório Colaborativo (COLLAB), por sete acadêmicos da UTFPR, sob a coordenação e supervisão dos professores doutores Joaquim de Mira Jr. e Frederic Conrad Janzen, além do apoio de uma fisioterapeuta que auxilia o projeto com a parte clínica. A iniciativa é fruto da parceria entre a UTFPR juntamente com a empresa DAF Paccar, unidade de Ponta Grossa, além de outras empresas e entidades.

“O objetivo inicial seria desenvolver 10 protótipos de ventiladores mecânicos ao custo de R$ 50 mil que foram doados pela sociedade. Com o passar dos meses, a UTFPR foi contemplada com uma emenda parlamentar do deputado federal, Aliel Machado, no valor de R$ 500 mil para montar uma oficina e produzir outros 20 ventiladores a serem entregues futuramente”, explicou o professor Nelson Canabarro, assessor de Relações Empresariais e Comunitárias da UTFPR.

Canabarro explica que, ao longo do processo, todo o desempenho de desenvolvimento do protótipo foi adequado para atender às resoluções da Anvisa. “A nossa perspectiva é positiva. Primeiramente pelo fato de uma universidade pública desenvolver conhecimento pensando na população e não na parte financeira. O ventilador mecânico não vai substituir o industrializado, mas se faltarem respiradores, com certeza vai ajudar aqueles pacientes que precisarem de oxigênio”, comentou o professor.

Como funciona

De acordo com os professores responsáveis pela coordenação e supervisão do projeto, Joaquim de Mira Jr e Frederic Conrad Janzen, o teste de bancada do ventilador mecânico consiste na montagem do protótipo com todos os acessórios que o acompanham e, em seguida, é conectado à rede de gases hospitalares (O2 e ar comprimido) a um pulmão teste e ao analisador de fluxo de gases.

“Na sequência, o protótipo é energizado e seus parâmetros e modo de operação são configurados. Em seguida, o mesmo é colocado em funcionamento para a realização dos testes que consistem em variar os parâmetros (pressão, frequência, tempo inspiratório/expiratório, PEEP) e compará-los com os valores lidos no analisador, para verificar se os mesmos correspondem aos valores configurados. Nos testes também são verificadas as faixas de ajustes de cada parâmetro e simuladas às condições de operação crítica para verificação da resposta do protótipo e geração de alarmes”, explicaram os docentes em entrevista à reportagem do DC.

Com relação à parametrização, os coordenadores informaram que o protótipo apresentado no Hospital do Trabalhador atendeu aos requisitos mínimos necessários para a categoria ‘AMBU Automatizado’ da Anvisa, dentro das limitações de uso do mesmo. “Com isso, o protótipo estaria apto a passar para a próxima etapa, que seria a avaliação clínica”.

Testes clínicos

Mesmo que já esteja apto, ainda não há previsão para de realização dos testes clínicos que dependem da aprovação da direção e do responsável pela parte clínica do hospital. Esta é a fase em que o protótipo é testado em um paciente internado. “O critério de escolha do paciente ainda será definido e o hospital vai entrar em contato com a universidade quando a data for escolhida”, informaram os professores Joaquim e Frederic.

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