As vendas de carros 0 km em Ponta Grossa voltaram a acelerar neste ano. Após janeiro registrar a menor marca desde abril de 2020 – quando a pandemia “estourou” na cidade – os números foram crescendo mês a mês, até chegar a ultrapassar o total de 200 em maio, pela primeira vez no ano.
O levantamento foi feito pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais com base em dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
A tendência é a mesma em todo o país, já que no Brasil os números também foram crescendo mês a mês.
Porém, apesar da melhora o resultado ainda é bem inferior ao do ano passado. Enquanto que de janeiro a maio de 2021 foram emplacados 1.090 automóveis em Ponta Grossa, no mesmo período deste ano o desempenho é 16,3% menor.
“O resultado, até agora, é positivo e foi impulsionado não só pelo maior número de dias úteis em maio, como pela disponibilização de veículos que estavam à espera de peças, nos pátios das montadoras. Entendemos que, em maio, oferta e demanda começaram a se estabilizar. Não há um movimento forte de retomada, nem de oferta e nem de demanda, mas acredito que estamos chegando à certa estabilidade, o que já é desejável, considerando um ano bastante incerto como o que estamos vivendo”, analisa Andreta Jr, Presidente da Fenabrave.
Expectativa
Para o segundo semestre a expectativa de vendas de carros em Ponta Grossa é bem maior – pelo menos na Cipauto, concessionária da Chevrolet em Ponta Grossa, por exemplo.
“As vendas estão melhorando, mas esperamos aumentar significativamente no segundo semestre porque a fábrica anunciou que em julho volta com a carga toda. Enquanto que hoje estamos recebendo cerca de 50 carros por mês, a partir do próximo devemos receber aproximadamente 120 – o que deve dobrar, também, o nosso faturamento”, prevê o gerente da loja, Giancarlo Capri.
Sobre as filas de espera registradas durante toda a pandemia, o gerente destaca que elas estão praticamente nulas. “Apenas quando o pedido do carro tem alguma especificidade, pode demorar uns 30 dias. Porém, no caso da nossa caminhonete S10, ainda há uma fila de cerca de 6 meses porque a procura está muito grande, até porque o agronegócio da nossa região está muito bom”, avalia Capri.