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Veja quais serviços estão paralisados com a greve dos servidores municipais

A segunda-feira (7) começou com uma manifestação dos servidores públicos municipais em frente à Prefeitura de Ponta Grossa, que estão em greve. Cerca de 2,2 mil trabalhadores se reuniram com cartazes e caminhão de som para reivindicar melhorias no reajuste salarial e concessão de vale-alimentação. O número de participantes foi estimado pela direção do sindicato.

O Município tem hoje cerca de 8 mil servidores e, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (Sindserv), Roberto Ferensovicz, “essa é a maior greve de servidores municipais da história de Ponta Grossa”. Veja como estão os serviços nesta segunda-feira.

Cerca de 2,2 mil trabalhadores se reuniram com cartazes e caminhão de som em frente à prefeitura. (Foto: José Aldinan)

Educação

A Educação, de acordo com Roberto, com cerca de 4,5 mil servidores, foi o setor que mais aderiu à paralisação.

“Algumas escolas dispensaram os alunos, enquanto em outras têm revezamento para cuidar dos alunos. Muitas escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) informaram os pais na última sexta-feira (4) que não haveria aula”, disse.

Em nota, a Prefeitura de Ponta Grossa informou que há 57 unidades escolares em que há adesão dos servidores, o equivalente a 38,5% do total de CMEIs e Escolas. “As demais unidades não aderiram ou aderiram apenas parcialmente”.

Saúde

A área da Saúde, segundo o presidente do Sindserv, está revezando profissionais nos atendimentos. “A UPA Santa Paula e Santana e o Hospital Municipal não aderiram à greve. Apenas os servidores de folga estão aqui manifestando.

Já as Unidades de Saúde estão dividindo uma parte dos servidores em greve e outra parte na manutenção dos atendimentos para não prejudicar a população que já tinha consulta agendada”. A aplicação das vacinas contra a covid-19 continua normalmente.

Feira Verde e Mercado da Família

Os serviços do Programa Feira Verde, que havia retomado os atendimentos de troca de materiais recicláveis por um quilo de alimento, leite, ovos e mel, no dia 21 de fevereiro, também foram paralisados na segunda.

As unidades do Mercado da Família estão fechadas.

Outros setores

Segundo a nota da prefeitura, não houve adesão à greve nos seguintes setores: Paço Municipal e Praça de Atendimento, Secretaria de Esportes, Secretaria de Meio Ambiente.

“O trabalho e o atendimento para a população seguem normalmente na Secretaria da Família, Agência de Inovação e Desenvolvimento, Secretaria de Cidadania e Segurança Pública, Agência do Trabalhador, Aeroporto, Secretaria da Fazenda, Procuradoria Geral do Município, Secretaria de Infraestrutura e Planejamento, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan), Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar) e Secretaria do Turismo”.

Reivindicação

Na última semana, em reunião entre representantes dos servidores e Executivo, a prefeitura apresentou uma nova proposta: concessão de vale-alimentação de R$ 200 para todos os servidores e retomada das discussões da data-base em junho.

Levada a assembleia ainda na noite de quinta, a proposta, no entanto, foi rejeitada pelos servidores. Em reunião anterior, o Município havia proposto vale-alimentação de R$ 180, com exceção dos estagiários e recebedores de bolsas, e abrir negociação da data-base no segundo quadrimestre.

No que se refere pontualmente à Educação, Ferensovicz comenta que o reajuste concedido pela prefeitura aos professores ficou abaixo da lei federal que determina o piso salarial do magistério.

Uma reunião com professores, serventes escolares e merendeiras está programa para acontecer no final da tarde desta segunda-feira para discutir essa questão. “Além de falarmos sobre o piso salarial dos professores, queremos pedir uma gratificação e insalubridade para as serventes e merendeiras”, comentou Ferensovicz.

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Manifestação dos servidores no primeiro dia de greve. (Vídeo: José Aldinan)

Cargos comissionados

Representantes do Sindserv entregaram, na manhã de segunda, um documento à prefeita Elizabeth Schmidt, pedindo a redução de 50% dos cargos comissionados.

“Vamos entregar um abaixo-assinado na Câmara de Vereadores pedindo também essa redução para poder atender as reivindicações dos servidores efetivos”.

Ainda na manhã de segunda, a prefeita realizou uma reunião na sede do governo, juntamente com os vereadores da base aliada, para tratar do assunto. A reportagem aguarda o posicionamento da prefeitura sobre os próximos passos.

  • Reportagem atualizada às 12h48 de segunda-feira (7)

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