A Viação Campos Gerais (VCG) pediu, por meio de ofício submetido ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI) da Prefeitura, a revisão do cálculo do Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK). O documento foi assinado pelo diretor de relações institucionais da concessionária, Rodrigo Venske.
Leia também: PM recupera Volvo furtado e abandonado em PG
O IPK é um dos principais indicadores que determina o reajuste anual da tarifa do transporte coletivo, considerando os custos do sistema de acordo com o volume de passageiros. Se o IPK for maior do que o originalmente calculado, a tarifa real para o usuário pode ter um reajuste maior. Em dezembro, a empresa apresentou um pedido de reajuste que trazia como tarifa técnica R$ 10,1538 e tarifa real para o passageiro a R$ 6.
O imbróglio está na metodologia do cálculo. O IPK originalmente é calculado com base no fluxo de passageiros dos últimos 12 meses. No entanto, com o argumento de que a pandemia afetou o transporte e não poderia apresentar uma média real, a prefeitura fez o cálculo do IPK levando em conta apenas o último semestre. A VCG quer que o cálculo volte a ser feito de acordo com o período completo.
A empresa afirma ter operado em déficit, não contar com subsídio no contrato e também que a análise da prefeitura não levou em conta os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, período no qual os ônibus tem menos passageiros devido às férias escolares. Houve, inclusive, uma crítica direta à gestão municipal no ofício:
“E, com todo respeito, o Município de Ponta Grossa pouquíssimo fez para manter um mínimo de equilíbrio no Contrato de Concessão no período”, afirma o diretor da empresa. O processo todo e seus documentos podem ser acompanhados neste link.
O presente contrato com a Viação Campos Gerais acaba em junho deste ano. A Prefeitura já encaminhou um projeto de lei com o novo modelo de contratação para a Câmara Municipal.