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Usina Termoelétrica a Biogás deve ser inaugurada na sexta em PG

Foto: Fábio Matavelli / Arquivo DC

A expectativa é que a Usina Termoelétrica a Biogás para Reciclagem de Resíduos Orgânicos, além de serviços de coleta seletiva de resíduos orgânicos, entre em operação nos próximos dias. A construção da usina, pela empresa Ponta Grossa Ambiental, concessionária de serviço público, por meio de contrato com o Município de Ponta Grossa, está em ajustes finais e a inauguração está prevista para sexta-feira (30).

Instalada no Distrito Industrial Cyro Martins, em terreno de aproximadamente 10.000 m², com investimento de R$ 12 milhões, a usina terá capacidade máxima para receber até 30 toneladas diárias de resíduos orgânicos sólidos e líquidos (óleo usado) coletados seletivamente, que serão transformados em biogás através de biodigestores.

A expectativa é que o processamento e queima de resíduos orgânicos possa compensar, segundo a prefeitura, em até 30% o consumo de energia em estruturas públicas. Com o funcionamento da usina, a geração de energia resultante do processamento e queima de resíduos orgânicos pode compensar completamente o uso de energia elétrica nas estruturas Hospital Municipal Amadeu Puppi, Paço Municipal, Hospital Universitário Materno-Infantil (Humai-UEPG) e UPA Sant’Ana. 

Conforme a prefeitura, o funcionamento terá início com uma coleta seletiva de resíduos orgânicos de grandes geradores, já tendo sido criada uma rota para 75 estabelecimentos num primeiro momento. 

Segundo a PGA informou anteriormente ao dcmais, quando a Usina Termoelétrica a Biogás entrar em operação, a coleta dos resíduos será realizada com caminhão 100% elétrico, e a energia para recarga das baterias deste caminhão será gerada pela própria usina, em um ciclo totalmente sustentável. A construção, operação e manutenção da usina são realizadas pela PGA.

Economia

A expectativa é que a usina gere uma economia de R$ 270 mil por mês aos cofres públicos da Prefeitura de Ponta Grossa. A projeção de economia de consumo considera o valor que o município vai deixar de gastar ao evitar que os resíduos sejam transferidos para o aterro e a compensação da energia gerada que será usada em prédios públicos.

Conforme o contrato, a PGA pode operar a usina por um período de 15 anos e depois deverá entregar o local funcionando para a prefeitura.

Discussão na Câmara

A Usina Termoelétrica a Biogás foi tema de discussão na Câmara de Ponta Grossa, na sessão de segunda-feira (26). Isso porque, os vereadores teriam de decidir se manteriam ou não um veto da prefeita Elizabeth Schmidt (PSD), à lei 13.917, que altera a lei 12.407/16, que dispõe sobre o serviço público de limpeza urbana no município relativa aos serviços de varrição, remoção/ transporte e destinação final dos resíduos sólidos urbanos.

Fruto de um projeto de lei de autoria dos ex-vereadores Vinícius Camargo e Pietro Arnaud, aprovado no ano passado, o texto previa que, caso o Poder Executivo, durante a vigência do contrato, optasse por outro sistema de destinação final dos resíduos coletados, o item do contrato deveria ser cancelado e o novo sistema deveria ser objeto de certame licitatório. Ao pedir a manutenção do veto, o líder do governo, vereador Filipe Chociai (PV), explicou que a lei inviabilizaria a utilização da usina de biogás pelo Município. Por fim, a maioria dos vereadores acatou os argumentos e o veto foi mantido.

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