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Usina da Construção afirma que não possui irregularidades

Diretores da Usina e Reciclagem de Resíduos (RCC), instalada no ano de 2014 em uma área doada pela Prefeitura no Distrito Industrial e que integra a cooperativa Cooperconcre, alegam que a cooperativa opera dentro da legalidade e com todas as licenças ambientais. A afirmativa se deu após denúncias anônimas ao Jornal Diário dos Campos sobre o deslizamento de materiais, como concreto, tijolo, madeira, que estariam sendo acumulados diariamente no local.

Em visita ao DC, o presidente da cooperativa, Marcelo Elias Domingues e o primeiro secretário, Marcelo Assis Ávila, explicaram o processo de separação e reaproveitamento dos resíduos da construção que são levados diariamente para a usina.

Presidente da cooperativa (à dir.), Marcelo Domingues, e o primeiro secretário, Marcelo Ávila, contestam denúncias de irregularidades (Foto: José Aldinan)

Segundo Domingues, ao todo, são 52 empresas envolvidas no processo da cooperativa e 100% delas são empresas de caçamba de entulho. "Nós temos dois tipos de clientes: os caçambeiros e as empresas de terraplanagem (85% associadas). Hoje na cooperativa tem-se todo processo de separação, ou seja, todos os materiais têm sua destinação. Fazemos assim a logística reversa de todos os produtos que nós recebemos", explica o presidente.

Uma das principais vantagens da usina, de acordo com Marcelo Domingues, é a destinação de 100% dos materiais que ela recebe. "Toda empresa gera algum tipo de passivo ambiental e a usina de RCC não gera resíduos e isso é algo que estimamos muito", destaca.

Cada item separado é direcionado para algum lugar. Lixos não recicláveis, por exemplo, vão para o aterro em Piraí do Sul e em Curitiba. Já plástico e papel são encaminhados para uma empresa no bairro de Uvaranas. O ferro e alumínio também são levados para uma empresa em Ponta Grossa. Já a madeira vai para Prudentópolis. Por fim, gesso e amianto são destinados para uma empresa de Curitiba.

Outros materiais como o tijolo, concreto e a terra vão para um maquinário que realiza o processo de britagem do material. "A partir deste processo, nós produzimos três tipos de material: o material de concreto, o misto (tijolo, telha e viga) e o material de asfalto. Os três tipos são vendidos para a realização de cascalhamento em ruas", diz Marcelo Ávila, primeiro secretário da usina.

Além do reaproveitamento, a cooperativa possui todos os certificados de destinação final de resíduos, incluindo aqueles materiais considerados inservíveis, como colchões, roupas, baldes, entre outros. Somente de materiais inservíveis, são descartados, em média, 16 toneladas de lixo por mês dentro da cooperativa.

"Para operarmos com a usina nós tiramos três licenças do Instituto Ambiental do Paraná (IAP): a licença prévia; a licença de instalação e a licença operacional que será renovada em 2019", reafirma Domingues.

Parte do material levado para a usina é britado e utilizado para o cascalhamento de ruas. (Foto: Arquivo DC)

Denúncias

Com relação às denúncias relatadas ao DC, o presidente da cooperativa afirma que a operação da usina é totalmente regular. "Além das licenças ambientais, temos ainda o CTF do Ibama que também é um documento exigido para este tipo de atividade. Já sobre as denúncias ressalto que existem correntes que são contra a cooperativa. Pessoas de dentro que ainda acham que a destinação em terrenos baldios era melhor. No entanto, nenhuma destas denúncias apresentou qualquer tipo de documento que comprovasse qual irregularidade", ressaltou Marcelo.

Com relação às reclamações de deslizamentos, os diretores alegam que a informação não é verdadeira. "Já fomos alvos de várias denúncias que não são verdadeiras, entre elas, esta do deslizamento. Nunca tivemos qualquer deslizamento do nosso material. Temos, inclusive, um engenheiro responsável na usina que faz o acompanhamento. Também colocamos taludes no local a pedido da Secretaria de Meio Ambiente. Por isso, esses denunciantes anônimos não possuem qualquer qualificação ou conhecimento técnico para alegar estas denúncias", disse Domingues.

Importância

Ainda de acordo com os diretores, toda a terra destinada para a usina estaria acumulada em arroios. "A Usina e Reciclagem de Resíduos veio então para trazer essa organização para o seguimento, além de preservar o meio ambiente. Já o material que sobra é britado e vendido. Temos filas de espera para a compra destes produtos finais", finalizou o presidente da cooperativa.

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