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“Uma das primeiras tarefas será criar o banco de projetos, aponta Professora Elizabeth

Em entrevista ao dcmais, prefeita eleita destaca as dificuldades durante a campanha e as ações que planeja para a gestão

(foto: Fábio Matavelli)

Em entrevista ao portal dcmais e Jornal Diário dos Campos nesta segunda-feira (30), um dia depois de ser eleita a primeira prefeita da história de Ponta Grossa, com 87.932 votos (52,38% dos votos válidos), a Professora Elizabeth (PSD), falou sobre os desafios enfrentados durante a campanha – o preconceito enfrentado “por ser mulher e ser mais velha”, sobre a composição do secretariado, a transição do governo, o relacionamento com a deputada estadual Mabel Canto (PSC), segunda colocada nas eleições municipais, e outros deputados estaduais e federais; assim como as principais ações planejadas para o mandato.

Entre os desafios para o próximo ano, a prefeita eleita destaca que está o aumento da receita e a diminuição dos gastos com pessoal. Entre as primeiras ações que serão tomadas a partir do dia 1° de janeiro de 2021, Professora Elizabeth destaca que vai distribuir trabalho e funções para que as coisas aconteçam. “A prioridade é a população, que quer asfalto na rua, escola para todos, saúde funcionando, transporte coletivo digno e com preço justo, e por aí vai. Para isso vamos em busca de recursos em Brasília, em Curitiba; para conseguir as verbas temos que ter projetos. Então uma das primeiras tarefas será criar um banco de projetos”, afirma, ressaltando que cada secretaria vai ter que definir sua prioridade. “Teremos a criação de um centro de inovação e criatividade que vai estar especificamente voltado para isso. Inovação e tecnologia vão ser os grandes motes”, completa.

Preconceito

Professora Elizabeth destaca que, embora tivesse ao seu lado uma equipe competente que deu todo o suporte para chegar ao segundo turno, e que a ajudou a ser eleita, o preconceito foi uma das grandes dificuldades enfrentadas durante a campanha. “Tivemos objetivos imensos durante todo este período, mas eu nunca tinha sentido o que senti agora. Sempre fui uma pessoa atuante, presente em todas as áreas da cidade e nunca tinha sentido o preconceito enquanto mulher, mas nesta campanha eu senti; senti o preconceito do machismo, o preconceito em relação à idade, principalmente pela minha seriedade, tive que vencer a velha política; eu disse muitos ‘nãos’ e perdi muito apoio, mas estou aqui”, aponta, ressaltando que a “prefeitura será das mulheres. Todas as secretarias vão trabalhar para que o preconceito não exista mais”.

Atuação do vice-prefeito

Sobre a atuação do vice-prefeito eleito, capitão Saulo (PSD), Professora Elizabeth destaca que não há nada definido. “Nós dois tínhamos conversado que não iríamos lotear a prefeitura. Ele é vice e eu sou prefeita, assim como não tinha nada definido quando eu entrei como vice-prefeita ao lado do Marcelo [Rangel]. Em determinado momento eu me coloquei à disposição para assumir a presidência da Fundação de Turismo porque era uma necessidade. Então pode ser que eu também precise que o capitão Saulo venha a assumir uma função”.

Primeiro-cavalheiro

Sobre a participação do seu marido na gestão, Lourival Schmidt, Elizabeth aponta que ambos não conversaram sobre o assunto. Tradicionalmente, no caso de prefeitos eleitos, a primeira-dama lidera ações voltadas à assistência social. Embora o marido de Elizabeth tenha uma trajetória de trabalho social e atuação junto ao Rotary, a prefeita eleita ainda não sabe se isso acontecerá no caso do seu marido, que será primeiro-cavalheiro de PG. “Não deu tempo de imaginar o que acontecerá. Ele tem um coração imenso, mas não acredito que vai querer atuar à frente do SOS, por exemplo, mas ainda vamos ver”.

Relacionamento com deputados

Professora Elizabeth afirmou que até a tarde desta segunda-feira (30) não havia conversado com a deputada estadual Mabel Canto (PSC), que ficou em segundo lugar nas eleições municipais, mas ressaltou que quer contar com o apoio dela e dos demais deputados que representam Ponta Grossa. “Mabel tem prestígio, é competente, sabe o que está fazendo na Alep e como é importante para a cidade os recursos. Também conto com o apoio dos deputados estaduais Hussein Bakri, que é do PSD e do deputado Plauto [DEM], que já manifestou seu apoio. Quero também contar com o apoio do deputado federal Aliel Machado [PSB] pelos próximos dois anos na viabilização de emendas para a nossa cidade”, frisa.

Secretariado

Embora ainda não tenha feito o convite ao secretário municipal da Fazenda, Cláudio Grokoviski, Professora Elizabeth voltou a afirmar que quer mantê-lo à frente da pasta. Funcionário de carreira da prefeitura, Grokoviski é secretário desde 2017. “Eu ainda não falei diretamente com ele, quero ver se ele vai aceitar. Quero agregar pessoas, contar com nomes que sejam técnicos, competentes”, aponta. Devido a projetos pessoais, Professora Elizabeth também já antecipou que a secretária de Educação, Esméria de Lourdes Saveli deve deixar o comando da pasta a partir do próximo ano. No entanto, segundo a prefeita eleita, “ainda não deu tempo de pensar em quem vai ficar ou sair. Agora que vamos começar a discutir os nomes”.

Equipe de transição

Sobre o processo de transição do governo, Professora Elizabeth afirma que embora conheça os desafios e dificuldades da gestão, a transição do governo é necessária e vai acontecer. “Conversei com o prefeito nesta segunda-feira e vamos definir a partir desta terça qual vai ser a equipe que vai fazer esta transição, que será gradativa e tranquila”.

Pré-candidatura de Rangel ao Senado

Durante a entrevista, Professora Elizabeth também comentou sobre o anúncio feito pelo prefeito Marcelo Rangel ao dcmais no domingo (29) de uma possível pré-candidatura ao Senado. Durante a coletiva de imprensa, após a apuração dos votos, Rangel destacou que a eleição de Elizabeth o ajudava a se credenciar a disputar, daqui dois anos, uma vaga ao Senado Federal. “Ele nunca tinha dito que ia ser candidato. E num momento de alegria se manifestou e realmente ele se credencia a isto. Porque, afinal, vamos ponderar, ele é o prefeito melhor avaliado no estado do Paraná. Ele conseguiu, junto com o governador Ratinho, e o [secretário] Sandro Alex, uma vitória contra tudo e todos no Paraná”.

Relação entre Executivo e Legislativo

A prefeita eleita também destacou que após a eleição no primeiro turno teve contato com todos os vereadores eleitos e também com os candidatos a vereador do seu grupo que não obtiveram êxito. Para ela, Executivo e Legislativo precisam estar em consonância, precisa haver governabilidade “e isso só acontecerá se tivermos unidos em prol da cidade”.

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