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TST concede liminar para garantir funcionamento dos Correios

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) acatou, na tarde dessa segunda-feira (25), um pedido dos Correios, e concedeu liminar determinando que as federações representantes dos trabalhadores dos Correios garantam o efetivo mínimo de 80% dos empregados em cada unidade dos Correios, sob pena de multa diária de R$ 100 mil no caso de descumprimento.

Um levantamento desta terça-feira (26) realizado pela empresa apontou que 90,59% do efetivo dos Correios do Brasil não aderiu à paralisação — o equivalente a 98.350 trabalhadores — em algumas unidades a determinação do TST não está sendo cumprida. No Paraná, 87,22% do efetivo está presente e trabalhando — o que corresponde a 5.171 empregados, afirmam os Correios.

A respeito da exigência determinada pelo TST, o diretor da Regional Ponta Grossa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná (Sintcom-PR), Felipe Vieira, diz que até o momento não houve limitação sobre o número de funcionários que pararam.

“Nosso objetivo é obter cada vez maior adesão. A liminar não vai mudar em nada. Quem quiser aderir à paralisação, adere. Quem não quiser aderir, trabalha. Acreditamos que hoje tivemos 40% do efetivo parado, mas com a adesão de São Paulo e Rio de Janeiro, esse número deve aumentar”. Ele se refere ao gradual acréscimo de outros estados na paralisação.

Em todo o País, a rede de atendimento está aberta e todos os serviços, inclusive o SEDEX e o PAC, continuam disponíveis. Apenas os serviços com hora marcada (SEDEX 10, SEDEX 12, SEDEX Hoje, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária) estão com postagens suspensas para os seguintes destinos: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e para algumas cidades do interior de São Paulo e de Pernambuco.

Negociações

Duas federações representam os sindicatos da categoria no País. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect). Na última sexta-feira (22), os Correios e a Findect chegaram a uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho para o biênio 2017/2018, que contempla reajuste de 3% nos salários e benefícios a partir do mês de janeiro de 2018 e manutenção do ACT 2016/2017. A cláusula do plano de saúde continua sendo mediada pelo TST. As negociações com a Fentect seguem mais lentas, e englobam a maior parte dos sindicatos (pelo menos 23 estados, incluindo o Paraná).

 

Fábio Matavelli
Funcionários dos Correios paralisaram parte das atividades em Ponta Grossa

 

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