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Três diretores do HU pedem exoneração em solidariedade à diretora demitida

No primeiro quadro à esquerda está Everton_Krum; à direita está Fernando Torres; embaixo à esquerda está Tatiana Menezes e ao lado Luciane Cabral

Em plena pandemia, a direção do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG), hospital de referência no tratamento de pacientes com covid-19, enfrenta uma crise na direção da instituição. A crise foi desencadeada com a exoneração da então diretora geral, a enfermeira Luciane Patrícia Andreani Cabral, na última quinta-feira (1), pelo reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Miguel Sanches Neto.

A situação gerou revolta entre servidores do hospital, que alegaram que a retirada de Luciane do cargo aconteceu sem justificativa plausível. A saída da diretora provocou o pedido de desligamento de outros dois diretores técnicos, os médicos Tatiana Meneses e Fernando Torres, e do supervisor do hospital, Everson Krum, que também é vice-reitor da UEPG, os três em solidariedade à colega. Já uma nota emitida pela Reitoria da UEPG informou que a exoneração ocorreu “para melhorar o relacionamento entre o hospital e a universidade”.

Na manhã de sexta-feira (2), profissionais do HU se reuniram em frente ao hospital, com roupas pretas e cartazes, em sinal de protesto contra a saída da enfermeira. De acordo com os servidores, a exoneração do cargo durante um período de pandemia pode prejudicar os atendimentos à população.

Nota do UEPG

Segue, na íntegra, a nota oficial da Universidade Estadual de Ponta Grossa:

“A administração da UEPG, responsável pela gestão do Hospital Universitário, agradece a contribuição da enfermeira Luciane Cabral, que desempenhou a função de Diretora Acadêmica do HU e, mais recentemente, de Diretora Geral, sucedendo a médica Tatiana Meneses, que ocupava até ontem a Direção Acadêmica, e que pediu seu desligamento. Durante todo o período desta gestão, o reitor delegou ao vice-reitor a supervisão do HU e o mesmo continua nesta supervisão.

A administração esclarece ainda que o principal motivo da substituição é no sentido de melhorar o relacionamento entre o HU e a UEPG, visando uma maior integração com os cursos da instituição, tal como consta no programa de campanha da chapa eleita. Queremos cada vez mais cursos atuando no HU.

Ato, portanto, eminentemente administrativo, esta decisão busca fortalecer o trabalho colaborativo da UEPG com toda a sociedade. A administração demonstra em público o maior respeito pelas profissionais e espera poder continuar contando com elas em outras funções, sempre no sentido de melhor atender a comunidade e melhor formar os nossos acadêmicos e as nossas acadêmicas.”

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