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Trabalhadores da VCG entram em contagem regressiva para greve

(Foto: Arquivo DC)

Às 8 horas desta terça-feira (30) foi iniciada a contagem de 72 horas para a deflagração da greve dos trabalhadores da VCG (Viação Campos Gerais), concessionária do transporte coletivo de Ponta Grossa. A decisão se deu por meio de votação na segunda-feira (29) e, segundo o presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira, a opção pela paralisação obteve 355 votos. O prazo expira às 8 horas de sexta-feira (3).

Duas situações levaram os funcionários da VCG a optar pela greve. Uma é a data-base da categoria para o acordo coletivo 2021/2022, no dia 1 de novembro, mas o que aparentemente acirrou os ânimos foi a proposta da direção da empresa no sentido de parcelar o pagamento do 13º salário em cinco vezes. A legislação trabalhista prevê o parcelamento em duas vezes, 50% deve ser pago nesta terça-feira (30), e a outra até o dia 20 de dezembro. Ou 100% até o dia 20.

Embora a categoria esteja em estado de greve, não é certo que Ponta Grossa ficará sem transporte coletivo a partir de sexta-feira. As negociações entre o Sintropas, sindicato que representa motoristas e cobradores, e a direção da VCG não foram interrompidas. Embora a situação esteja complicada desde 2020, não se pode descartar a possibilidade de um acordo. Além disso, parte dos ônibus, por ser serviço essencial, deverá continuar funcionando mesmo com a greve.

A pandemia reduziu o faturamento do transporte público e a crise levou a atrasos e parcelamentos nos pagamentos dos salários na VCG. A tarifa foi reajustada na última sexta-feira (26) e chegou a R$ 5,50. Tornou-se a tarifa mais alta entre as grandes cidades do Paraná, depois de permanecer por mais de dois anos congelada em R$ 4,30. A prefeitura também estuda maneiras de reduzir o custo operacional do sistema. Os efeitos dessas iniciativas levam tempo.

Por outro lado, os trabalhadores da VCG vêm sendo sacrificados há mais de um ano. Aceitaram uma série de situações desconfortáveis e difíceis, como trabalhar sem receber e parcelamento de salários, em razão de terem a consciência de que, sem rodar, a empresa não fatura. E se não fatura, não tem como cumprir seus deveres para com os colaboradores. Mas chega uma hora que a paciência se esgota. É o que aparentemente está ocorrendo.

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