Apesar de ter obtido voto favorável de 14 dos 16 membros do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac) presentes em sessão pública, o tombamento do conjunto arquitetônico de um quarteirão da Rua XV de Novembro, no Centro de Ponta Grossa, não se concretizou.
Conforme nota enviada pela Fundação Municipal de Cultura, a legislação determina que o tombamento é efetivada quando há a aprovação por parte de, no mínimo, 70% das cadeiras do conselho. Levando em conta as ausências, as cadeiras não ocupadas e os dois votos contrários, mesmo com a maioria de 14 votos favoráveis, não foi concluído o tombamento.
Para que o processo fosse aprovado eram necessários 15 votos favoráveis. Dos 18 conselheiros do Compac, 16 compareceram à sessão.
Representando os proprietários de um dos imóveis, Dr. Carlos Tavarnaro destacou que não houve a comunicação dos co-proprietários da chamada Casa Gravina em relação ao interesse do tombamento. Isso, do ponto de vista administrativo e legal, seria motivo de questionamento futuro, caso houvesse o tombamento.
Ele também defendeu a tese de que não havia nada consistente que justificasse a inclusão do referido imóvel no conjunto arquitetônico em análise. “Quais são os símbolos repletos de significado da joalheira Gravina? Nos autos do procedimento não há nenhuma indicação”, disse.
Já o diretor do Departamento de Patrimônio Cultural, Alberto Portugal, destacou a importância afetiva que o trecho da rua XV, que neste ano completa 100 anos com esse nome, tem para a população. “Esses imóveis são, sim, referência da história do ponta-grossense, independente das questões de arquitetura. Temos um dos maiores acervos do estado do parana e não faltam referências históricas que mostram a importância deste importante eixo na história da cidade”, disse.
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