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Terras agrícolas de Ponta Grossa têm preços valorizados em 38% em um ano

Média do preço do hectare varia de R$ 8,7 mil a R$ 75,9 mil na cidade, dependendo da produtividade do terreno

Foto: AEN

A média dos preços de terras agrícolas de Ponta Grossa sofreu uma valorização de 38% no comparativo entre 2020 e 2021; no ano anterior, de 2019 para 2020, a variação tinha sido de 20%. O levantamento foi feito pela reportagem do jornal Diário dos Campos e portal dcmais com base em dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Enquanto que em 2019 o preço médio, que considera os seis tipos de terras avaliados na cidade pelo Deral, era de R$ 22.633, em 2020 subiu para R$ 27.300 e em 2021 para R$ 37.700.

Os preços acompanham fatores como, por exemplo, o preço da soja – que teve o valor pago ao produtor crescendo 86% em um ano no Paraná -, a falta de fronteiras para expandir a produção agrícola – o que torna as terras mais disputadas – e os bons resultados do agronegócio – setor que se destacou na economia durante a pandemia.

Segundo o Estado, a pesquisa leva em conta diversas informações, como as levantadas junto aos agentes imobiliários e sindicatos rurais. Os preços refletem a realidade dos mercados de terras sem benfeitorias e podem servir de referencial para o produtor declarar seu ITR ou como referência em caso de desapropriação, por exemplo.

Classificação das terras

No levantamento do Deral as terras são classificadas em seis tipos, definidos por aptidão de uso. De maneira geral, quanto menor o algarismo romano (I), mais intensivo pode ser o uso e quanto maior (VIII), mais restrito – e a média de preços também segue esta ordem. As letras correspondem aos grupos que basicamente podem ser descritos como passíveis de uso agrícola intensivo (A), de uso silvipastoril (B) e servidão florestal (C).

No caso das terras cultiváveis (grupo A), Ponta Grossa tem preços que variam de R$ 75,9 mil por hectare a R$ 41,8 mil por hectare, e que cresceram de 32,8% a 42,4%. Nas terras adaptadas para pastagem e/ou reflorestamento (grupo B) os valores médios calculados pelo Deral são de R$ 27,5 mil a R$ 18,5 mil na cidade, com alta anual de 27,5% a 38,2%.

Já aquelas impróprias para cultura, pastagem ou reflorestamento que servem apenas como abrigo e proteção da fauna e flora silvestre, ambiente para recreação ou para fins de armazenamento de água (grupo C) custam, em média, R$ 8.700 na cidade, 50% a mais que no ano passado. Estas são mais utilizadas para o cumprimento da legislação ambiental, que determina a averbação de 20% da área agricultável para preservação.

PG tem terras mais baratas que outras grandes regiões produtoras

De acordo com o levantamento feito pelo DC com base no estudo do Deral, no comparativo das maiores cidades de quatro grandes regiões produtoras agropecuárias do Paraná Ponta Grossa tem as terras mais baratas e que tiveram o menor encarecimento do ano passado para este: enquanto que no maior município dos Campos Gerais a alta média foi de 38%, em Londrina chegou a 60,4%, em Maringá a 60% e em Cascavel a 53%.

Considerando cada classificação de terra, em todas Ponta Grossa tem os menores valores e também os menores crescimentos anuais. Entre as quatro cidades citadas o preço mais alto por hectare é das terras mais produtivas de Cascavel, que custam em média R$ 129.200/hectare, e o mais baixo é das terras de servidão florestal de PG, que estão avaliadas em R$ 8.700 neste ano.

Considerando os valores médios de todas as classificações de terras, o maior é o de Maringá (R$ 72 mil), seguido de Cascavel (R$ 64.457), Londrina (R$ 56.814) e então Ponta Grossa (R$ 37.700).

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