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Suspensão de radares não amplia acidentes na região de Ponta Grossa

A assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal do Paraná (PRF-PR) informou que o órgão vai aguardar os desdobramentos em escala federal, acerca da volta do uso de radares portáteis e estáticos, antes de colocar os equipamentos novamente na fiscalização de veículos nas rodovias do estado.

O uso de radares portáteis e também estáticos pela PRF está suspenso nas rodovias federais do país desde agosto, por determinação do presidente Jair Bolsonaro, quando apenas o uso de radares fixos, vinculados a outros órgãos de fiscalização, foi mantido. Porém, na quarta-feira (11), a Justiça Federal em Brasília revogou a suspensão. Na decisão, o juiz Marcelo Gentil Monteiro, da 1ª Vara Federal Cível, atendeu a um pedido liminar feito pelo Ministério Público Federal (MPF), argumentando que a falta dos radares pode causar danos à sociedade.

"A urgência é patente, ante o risco de aumento do número de acidentes e mortes no trânsito em decorrência da deliberada não utilização de instrumentos escolhidos, pelos órgãos técnicos envolvidos e de acordo com as regras do Sistema Nacional de Trânsito, como necessários à fiscalização viária", destacou o juiz, impondo a volta dos radares em 72 horas.

Mas, o presidente Jair Bolsonaro informou, nesta quinta-feira (12), que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão, e garantir que o uso de radares portáteis se mantenha suspenso. O recurso deverá ser encaminhado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), sediado em Brasília. No caso da região de Ponta Grossa, o fato de os acidentes não terem aumentado no período pode ter relação com o costume dos condutores de reduzir diante das áreas habitualmente fiscalizadas, assim como com a realização de obras e a conclusão de duplicações em rodovias da região. A PRF, por enquanto, não se manifestou oficialmente sobre as consequências da suspensão.

 

Região

Apesar de a suspensão estar revogada sob o argumento de que os radares reduzem os índices de acidentes, na região de Ponta Grossa não foi verificado aumento no número de acidentes por excesso de velocidade, durante os cerca de três meses durante os quais os radares estático e portátil deixaram de ser utilizados. Dados repassados pela delegacia regional da PRF, apontam que os acidentes desse tipo, entre agosto e novembro deste ano, foram em número inferior ao verificado nos dois anos anteriores (veja tabela).

 

Entenda melhor:

Radar fixo – pórtico através do qual passam os veículos fiscalizados

Radar portátil – equipamento que o policial apoia na mão para usar com um alvo especifico

Radar estático – equipamento usado pelo policial, porém com auxílio de um tripé

 

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