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Suspeitos de assaltar motoristas usavam perfil falso para solicitar corridas

Foto: José Aldinan

Em um intervalo seis dias, duas motoristas de transporte público por aplicativo foram rendidas em assalto à mão armada em Ponta Grossa. Na última ocorrência, na noite de quinta-feira (30), um dos três assaltantes foi rendido por um grupo de motoristas alertados pela vítima, que acionou o “botão do pânico”, dispositivo que vem ganhando adeptos entre profissionais do Uber e do 99. A PM foi acionada e prendeu o suspeito em flagrante, mas dois comparsas conseguiram fugir.

Na ocorrência anterior, na noite de sexta-feira (25), uma dupla rendeu Valkiria, de 34 anos, depois de fazê-la rodar à esmo por cerca de uma hora por bairros da cidade. Da mulher que há três anos aluga carros para trabalhar como motorista, a dupla levou dinheiro, cartões de crédito, celular, roupa e uma bíblia, além do carro locado, que cerca de 3 horas depois foi encontrado na Vila 31 de Março, incinerado. Não era dela, mas a franquia do seguro da locadora custa R$ 5 mil. 

O que liga um assalto ao outro é um suspeito de 21 anos, que foi dominado por colegas de trabalho das mulheres e que ontem, na 13ª SDP, foi reconhecido pelas duas vítimas e por funcionários de uma farmácia. O estabelecimento também foi assaltado e o homem que foi preso seria um dos integrantes do trio que andou usando perfil falso para atrair motoristas para uma cilada. Valkiria contou à reportagem detalhes ocorridos durante o roubo:

Ele chegou a tirar as balas do tambor do revólver para mostrar que estava carregado de verdade … Os dois estavam estranhos desde o início da corrida, meio alucinados, achando que todos que passavam por nós soubessem que eles estavam me assaltando…  Acho que estavam drogados com cocaína… Teve um momento que senti muito medo e pedi pelo amor de Deus para não me matarem… Consegui ligar para o meu pai às 22h13, depois de pedir ajuda em uma casa que o pessoal estava fazendo churrasco…

O delegado Maurício Souza da Luz, responsável pelo Setor de Furtos e Roubos da 13ª Subdivisão Policial (SDP), confirmou que o suspeito preso seria um dos participantes do assalto que a motorista teve o veículo incendiado. “Ele é apenas um dos integrantes do grupo e não agia sozinho. Os crimes não eram somente com motoristas de aplicativos, mas os assaltos também ocorriam em mercados, farmácias e postos de combustíveis”, acrescentou. O objetivo agora é identificar os demais.

Foto: José Aldinan

Grupo oferece ferramentas de segurança

Um dos maiores grupos de motoristas de aplicativos do Paraná, D.E.C. Caveiras, inaugurou recentemente uma sede física em Ponta Grossa para oferecer todo apoio aos profissionais da área, como serviços de borracharia, mecânica, lanchonete e, o principal deles, segurança. O grupo conta com cerca de 2 mil membros da cidade e foi através dele que a vítima do assalto na última quinta-feira acionou o  ‘botão do pânico’ para pedir ajuda aos colegas.

De acordo com a diretoria do grupo, os veículos dos integrantes são equipados com rastreados que facilitam a localização caso seja tomado em assalto. Os aplicativos permitem que os motoristas avisem os demais quando estiver em situações de risco. “Os motoristas pagam pelos outros serviços oferecidos na nossa sede a um custo menor e esse valor mantém todas as despesas. Nós também oferecemos apoio e orientação para que deseja instalar sistemas de segurança no veículo” informou.

Foto: José Aldinan

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