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Sociedade cobra ações emergenciais para presídio de PG

A precariedade da estrutura e da superlotação da cadeia pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, é o reflexo das situações registradas nesta semana na cidade. A fuga de 32 detentos na última segunda-feira (27) só mostrou que o problema do sistema penitenciário da cidade necessita de atenção e mobilização ainda maior por parte do governo do Estado.

O problema crônico, que já se estende por anos, tem preocupado a população como um todo e reforçado que representantes da sociedade devem cobrar agilidade dos órgãos competentes para, pelo menos, tentar amenizar a situação.

Situação esta que vem sendo cobrada também pelos próprios detentos que reclamam das péssimas condições de higiene dentro das celas. Os relatos foram entregues para os familiares que direcionaram o documento para alguns órgãos da imprensa no mês de novembro.

A reportagem do DC teve acesso aos relatos da carta escrita pelos presos no dia 31 de outubro. "Senhores, estamos hoje com aproximadamente 41 detentos na cela, em um espaço de apenas seis camas. Nossos colchões estão podres, temos poucas entradas de ar. Estamos sujeitos a doenças de alergia e coceiras. Enfim, poucas coisas para nós já fazem grande diferença", descreveu as linhas da carta.

A presidente do Conselho de Segurança de Ponta Grossa (Conseg-PG), Jane Villaca, considera a fuga dos presos algo previsível, decorrente de um problema que, segundo ela, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) não tem conseguido solucionar, nem amenizar.

Ações

Uma das reivindicações dos representantes da sociedade é a construção da Casa de Custódia em Ponta Grossa que ajudaria a aliviar a superlotação do 'Cadeião' e teria capacidade para 752 presos.

A transferência de detentos para outros presídios, a implantação de celas modulares e a própria readequação 'Cadeião' são soluções emergenciais que ajudariam a diminuir a pressão em torno do problema. Confira os detalhes nos quadros abaixo:

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Celas modulares

O deputado estadual Márcio Pauliki (PDT) ressalta que já solicitou junto à Sesp a implantação de celas modulares dentro do próprio 'Hildebrando'. Conhecida pelo nome de 'shelters', estas celas são equipadas com camas e banheiro e seriam instaladas em seis cidades: Curitiba, Piraquara, Guarapuava, Maringá, Londrina e Cornélio Procópio. Ponta Grossa até então não seria contemplada.

"No entanto, fiz um pedido e levei até o secretário de Segurança, Wagner Mesquita, solicitando as celas para a cidade. A direção do presídio fará um levantamento para verificar quantas cabem dentro do pátio da cadeia para então fazermos o pedido para o Estado", destacou o deputado. 

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Casa de Custódia

A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) informou na manhã de terça-feira (28) que o projeto da Casa de Custódia de Ponta Grossa já foi licitado e agora aguarda aprovação da Caixa Econômica Federal (CEF).

"Após o aval da Caixa, será lançada a licitação para a execução da obra – só então teremos informações precisas sobre custos e prazos. A Sesp trabalha com o cronograma de início das obras para o primeiro semestre de 2018. A capacidade da Casa de Custódia é para 752 presos", informou a nota. O projeto da obra será apresentado ao Estado no próximo dia 12 de dezembro. 

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Transferência de presos

Segundo a Sesp, com relação a superlotação, o Poder Judiciário está promovendo um mutirão carcerário que deve resultar na diminuição de presos na unidade de Ponta Grossa. Uma ação movida contra o Estado pela Vara Criminal determinou que os presos que já foram condenados deverão ser transferidos em um prazo de até 180 dias. "Os presos não têm nem onde dormir. Isso é um absurdo. Outro absurdo é ainda a cadeia precisar receber detentos vindos de outras cidades. É um desrespeito com Ponta Grossa", apontou Jane. 

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Readequações no 'Cadeião'

Recentemente, o Hildebrando de Souza foi contemplado com a verba de R$ 1,3 milhão para melhorias no interior do presídio. O montante é a soma de emendas parlamentares, sendo R$ 630 mil do deputado Márcio Pauliki (PDT) e a outra metade do deputado Plauto Miró Guimarães (DEM).

O valor foi direcionado para arrumar as questões sanitárias das celas, além da instalação de câmeras para monitoramento. Segundo o deputado, a seu pedido, também foram liberados pelo governo um montante de R$ 223.729,68 para reparos hidráulicos em todo o presídio.

"Providências estão sendo tomadas junto ao secretário de Segurança, Wagner Mesquita, principalmente no que se trata da instalação dos módulos dentro da cadeia. Todos os parlamentares estão cobrando agilidade", destacou o deputado. 

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Policiais seguem na procura por 11 presos foragidos do 'Cadeião'

Forças policiais estão mobilizadas na procura por 11 presos que seguem foragidos do presídio Hildebrando de Souza. Ao todo, 32 detentos fugiram da 9ª galeria do presídio, por volta das 15h30 de segunda-feira (27), após cavarem um túnel. A fuga foi flagrada por agentes penitenciários de plantão que solicitaram reforço policial. Até a noite de segunda, 18 presos haviam sido recapturados.

De acordo com informações atualizadas pelo Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), 21 detentos já foram encaminhados novamente ao presídio. As demais prisões ocorreram entre a noite de segunda e a madrugada de terça-feira (28). Equipes estão em busca ainda dos foragidos que teriam roubado uniformes da Sanepar durante a fuga. 

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PM e agentes realizam 'pente fino' dentro de presídio

Policiais militares e agentes de segurança realizaram na manhã de terça-feira (28) uma revista geral nas celas da cadeia pública Hildebrando de Souza. O objetivo, de acordo com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), foi por medidas de segurança dentro do próprio presídio. Paralelo ao 'pente fino', o Depen iniciou um processo administrativo para apurar a fuga dos 32 presos na tarde de segunda-feira (27) para posteriormente tomar as medidas necessárias. 

Operação 'pente-fino' foi realizada nas celas na manhã de terça. (Foto: Fábio Matavelli)

 

 

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