Ao longo desta semana, sindicatos de Ponta Grossa, como o APP Sindicato, Sindiserv, Sintespo e Sinduepg, em conjunto com a Frente Ampla Democrática de Ponta Grossa (FAD) realizam uma uma série de atos, parte de mobilização nacional contra a reforma administrativa que tramita no Congresso Nacional, por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32).
As ações iniciaram nesta segunda-feira (16), com manifestação na Câmara de Vereadores. Representantes dos sindicatos levaram faixas à galeria chamando a atenção para a reforma. A vereadora Josi do Coletivo (PSOL), também falou sobre o assunto no pequeno expediente. Para ela, é preciso discutir o motivo pelo qual defende-se a estabilidade do servidor público, uma das mudanças que a PEC propõe.
“A estabilidade não é privilégio de servidor. Ela existe para que o serviço público não fique a mercê de mandatos políticos, que não haja nepotismo cruzado”, aponta. “Vocês acham mesmo que esta PEC foi pensada para combater privilégios? Então porque ela deixa de fora juízes, parlamentares e traz poucas alterações para militares?”, questiona.
Além da manifestação na Câmara, na quarta-feira (18), às 18h30, servidores públicos das três esferas (municipal, estadual e federal) e outros componentes da FAD que pertencem a movimentos sociais fazem um ato público ao lado do Terminal Central de Transporte Coletivo.
O governo federal defende que a reforma administrativa vai modernizar o país e acabar com os privilégios. Para a FAD, seu resultado será o sucateamento dos serviços públicos e abre espaço para que empresas privadas passem a oferecer serviços essenciais, cobrando por isso, impedindo assim o acesso de pessoas que não tenham condições de pagar.
A FAD também alerta que a proposta não cumpre com a promessa de acabar com os privilégios, pois não atinge os chamados cargos de Estado – militares, juízes, desembargadores, diplomatas, que são os servidores com os mais altos salários.