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Servidores do Samu manifestam contra remanejamento de equipes

Foto: Servidores se mobilizaram na tarde desta segunda-feira (21) para pedir um posicionamento do poder público/ Fabio Matavelli

Servidores do Samu de Ponta Grossa realizaram mais uma manifestação para chamar a atenção do poder público sobre a não aceitação do remanejamento de equipes para outros setores da Fundação Municipal de Saúde (FMS). A categoria se reuniu em frente a Prefeitura e Câmara Municipal de Vereadores com cartazes na tarde de segunda-feira (21).

Os trabalhadores já haviam se mobilizado no final de maio durante sessão na Câmara Municipal para sensibilizar os parlamentares na cobrança de um projeto de lei por parte do Executivo para que as transferências não ocorram.

De acordo com Roberto Ferensovicz, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (Sinderv), a categoria pede por uma resposta definitiva da administração pública.
“Há quase dois anos tem se falado da saída dos servidores concursados do Samu e a transferência deles para outros setores. Eles seriam substituídos por trabalhadores contratados por uma empresa através do Consórcio Intermunicipal (Cimsamu). Mas até agora nada foi resolvido e eles vivem com essa ameaça permanente que serão transferidos a qualquer momento”, explicou.

Ainda em 2019, uma empresa foi contratada para assumir os atendimentos telefônicos no órgão. A função antes era realizada por servidores efetivos, sendo três administrativos e sete telefonistas. Na época, a decisão desagradou parte dos servidores que alegaram prejuízos nos atendimentos prestados à população.

Além da contratação da empresa terceirizada para a função de telefonistas, existia ainda a realização de um Processo Seletivo Simplificado (PSS) para seleção de profissionais pelo Consórcio Intermunicipal Samu Campos Gerais (CimSamu), para implementação e ampliação do serviço do Samu na região, alcançando área de abrangência das 3ª, 4ª e 21ª Regionais de Saúde do Paraná.

Segundo o presidente do Sindserv, nenhuma decisão foi tomada até o momento. “Esse é um dos problemas, ninguém sabe, ninguém fala. Cerca de 90 servidores, entre técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, enfermeiros, médicos, administrativos e zeladoria estão para ser transferidos. Cobramos uma resposta, pois já solicitamos uma reunião no final de abril com a Prefeitura, no entanto, até hoje, não foi agendada”, ressaltou Roberto.

Prejuízos

Ferensovicz aponta alguns prejuízos caso os profissionais sejam remanejados. “Os servidores terão uma redução na remuneração. Além disso, muitos estão no Samu há 10, 15 anos e têm uma vasta experiência nesse tipo de atendimento. Sem falar que há um prejuízo à população que perderá esse atendimento especializado, com expertise e com o risco de ter um atendimento por pessoas que não têm vocação para esse trabalho”, aponta.

FMS
Em nota, a Fundação Municipal de Saúde informou que o Cimsamu mudou a diretoria recentemente e ainda estuda a situação. “Para que isso seja definido, deve-se aguardar uma reunião com os prefeitos que fazem parte do Consórcio. Não é uma decisão exclusiva de Ponta Grossa, somente da FMS, é uma decisão que deve ser avaliada com o Consórcio, portanto, ainda não há definição para esta situação”, justificou a pasta.

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