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Servidora da AMTT é investigada por suposta facilitação de furtos

Pátio de carros da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte de Ponta Grossa
Foto: José Aldinan / Arquivo DC

Uma servidora da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) está sendo investigada pela Polícia Civil de Ponta Grossa por supostamente facilitar o furto de peças automotivas. A suposta prática ilícita foi flagrada por câmeras de segurança da Guarda Municipal e chegou ao conhecimento da administração pública na última semana. O crime aconteceu no pátio de veículos apreendidos da própria AMTT, na Nova Rússia. A defesa da servidora nega os fatos.

As imagens captadas pela Guarda mostram pelo menos três homens atuando livremente no pátio. Eles mexem nos carros e carregam peças por mais de uma vez. À luz do dia eles não parecem ter pressa para levar os equipamentos.

Na sequência a filmagem capta a cena que mais chamou a atenção: uma servidora uniformizada, que ocupa a função de agente de trânsito da AMTT, aparece caminhando ao lado dos homens.

Pelo menos dez carros tiveram equipamentos furtados no pátio; local passou por perícia. Foto: José Aldinan

“O monitoramento percebeu essa movimentação, aproximou a imagem e indicou a suspeita de furto. Depois o próprio guarda da Central de Monitoramento viu que os suspeitos estavam acompanhados da servidora. Então ficou uma situação que precisávamos verificar em detalhes”, explica a secretária municipal de Cidadania e Segurança Pública, Tânia Sviercoski.

Com as imagens em mãos, a Guarda Municipal alertou a Secretaria que, por sua vez, encaminhou a gravação da Central para a Polícia Civil e acionou a Autarquia de Trânsito e Transporte. Um processo administrativo foi instaurado para apurar internamente a conduta da agente de trânsito. Já na esfera criminal, ela pode ser enquadrada em peculato, crime com pena máxima de 12 anos de reclusão.

Defesa nega

A defesa da servidora não apresenta publicamente versão para o fato, mas nega que ela tenha participado da suposta facilitação. “Não é verdade que a servidora tenha praticado qualquer ato ilícito. A servidora prestará depoimento perante a autoridade policial e vai esclarecer os fatos”, diz em nota o advogado Fernando Madureira, que promete apresentar a cliente nesta quinta-feira (9) para ser ouvida pela Polícia Civil.

Quem comanda as investigações nesta fase é o delegado Fernando Jasinski. Segundo ele, os ladrões agiram naquela oportunidade em pelo menos dez veículos do pátio que fica na Avenida Ernesto Vilela, uma das mais movimentadas da cidade. De acordo com Jasinski, os principais alvos dos criminosos foram os catalisadores, peças consideradas de maior valor.

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