A sede do antigo Hospital Evangélico de Ponta Grossa, fechado em 2016, de propriedade da Sociedade Evangélica Beneficente, mantenedora do local, foi alugado pelo prazo de 12 meses para a Tabocas Participações Empreendimentos S/A, empresa de Minas Gerais que atua no Paraná contratada para a implantação do Sistema de Transmissão Gralha Azul, pela Engie Brasil, maior produtora privada de energia elétrica do Brasil e vencedora do leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), sendo responsável pelo projeto.
Segundo Crislayne Wiecheteck, da Agente Negócios Imobiliários, responsável pela intermediação da locação, as chaves do imóvel foram entregues a representantes da Tabocas na sexta-feira (12). Conforme ela, uma parte do próprio imóvel foi utilizada para que a Sociedade Evangélica Beneficente colocasse equipamentos hospitalares que estavam no imóvel. Agora, a Tabocas realiza obras emergenciais. “São alguns reparos como a vistoria da rede elétrica, alguns reparos para conter infiltrações, assim como troca de parte do piso e rodapés, trabalho mais simples e necessário pelo próprio tempo que o imóvel ficou desocupado”, explica. A expectativa, aponta, é que o imóvel esteja pronto para receber os colaboradores que ficarão alojados já no fim desta semana.
Para a execução da obra em Ponta Grossa, a Tabocas mantém um efetivo de quase mil colaboradores; a intenção é que o imóvel onde funcionava o Hospital Evangélico sirva de alojamento para quase 130 funcionários. Segundo a empresa, com isso será ampliada sua capacidade de alojamento visando atender orientações do Ministério da Saúde no combate à covid-19, reforçando a prevenção à doença, que já atingiu funcionários da empresa.
Embora a empresa não informe quantos funcionários testaram positivo para o novo coronavírus, ressalta que “são poucos os casos e todos eles de forma assintomáticas. Podemos afirmar ainda que a Secretaria de Saúde do Município em conjunto com a Vigilância Sanitária monitoram diariamente os resultados”.
Ao Diário dos Campos, a Tabocas destaca que está atenta às orientações dos órgãos governamentais para minimizar a propagação da covid-19, adotando, dentre outras ações, a realização de testes rápidos em todos os colaboradores. “Frisa-se que os casos positivos são imediatamente isolados em quarentena e só são liberados a retornarem ao convívio social após testarem negativo”. Segundo a empresa, diversos colaboradores que cumpriram a quarentena já fizeram novo teste, que apontou negativo para covid-19, “portanto, já foram liberados para voltarem as atividades”.
A empresa destaca ainda que está envidando todos os esforços para cumprir as orientações dos órgãos governamentais e o plano de ação desenvolvido pela equipe de Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho. Ainda em complemento a tudo isso, a Tabocas afirma que está testando seus colaboradores para evitar a disseminação da covid-19. “Reforçamos que estamos acompanhando diuturnamente todos os direcionamentos do Ministério da Saúde, OMS e demais autoridades para a implementação dos protocolos emergenciais a fim de garantir a manutenção da qualidade dos serviços prestados e viabilizar uma condição segura de trabalho aos nossos colaboradores e parceiros”.
Segundo a Engie, a “prioridade do Sistema de Transmissão Gralha Azul, neste momento, é garantir que todos os trabalhos sejam executados segundo as medidas de controle e prevenção à covid-19, de forma a garantir a saúde, a segurança e o bem-estar de seus colaboradores e da população em geral”.
Projeto Gralha Azul
O projeto Gralha Azul contempla a melhoria da oferta e qualidade de energia para a região Centro-Sul do Paraná. Avaliado em aproximadamente R$ 2 bilhões, o pacote inclui a construção de cinco novas subestações, cinco ampliações de subestações já existentes e quinze linhas de transmissão, que totalizam mil quilômetros em 24 municípios do estado. O projeto teve início em março de 2018, com previsão de conclusão em agosto de 2021.
Concessão federal, o empreendimento é classificado como de utilidade pública e tem por finalidade promover o reforço à matriz energética nacional, sendo assim considerado serviço essencial, necessário à ampliação da disponibilidade e da qualidade da energia elétrica na região.