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Scanner deverá identificar se ossada é de Cauane

Cauane Zavolski, 20 anos, estava desaparecida desde a madrugada de 29 de janeiro Foto: Arquivo Pessoal

A demora para a conclusão da perícia em uma ossada humana, que supostamente seria da auxiliar de cabeleireira Cauane Zavolski Martins, 20 anos, se deve à necessidade de exames mais aprofundados que estão sendo realizados pela equipe técnica da Polícia Civil do Paraná. Isso é o que informa o segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR). Conforme detalhado pelo órgão, será preciso mais do que um simples confronto genético para saber se o corpo era mesmo da jovem desaparecida na madrugada do dia 29 de janeiro deste ano.

A ossada foi encontrada no final do mês de março, em Ponta Grossa. Desde então, familiares aguardam ansiosos pelo laudo do Instituto Criminalística de Curitiba. No mês passado, a irmã de Cauane fez um desabafo em seu perfil na rede social Facebook.

“Precisamos de uma resposta concreta. A gente não aguenta mais tanta espera. […] Até agora não pudemos ao menos dar o sepultamento digno pra ela. Pensem na dor e angústia que estamos vivendo”, escreveu Cíntia Zavolski.

O cunhado de Cauane, Márcio José Mainardes, lembrou que enquanto não houver confirmação do laudo, a família continua com esperança de que ela ainda esteja viva. “Tudo leva a crer que a ossada possa ser dela. Ainda resta aquele 1% de esperança de que ela esteja viva. Se o resultado mostrar que é ela, a família tem o direito de fazer um funeral digno e dar um último adeus. Só gostaríamos de um prazo para diminuir a nossa ansiedade”, desabafou.

O delegado Fernando Jasinski, do Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial e responsável pelas investigações, afirmou que diversos ofícios já foram enviados à Criminalística para saber um posicionamento.

Perícia

O promotor Rafael Muzy Bittencourt, da 10ª Promotoria de Justiça do MPPR, explica que, à pedido do órgão, foi solicitado que a ossada fosse submetida a uma perícia mais complexa.

“Não se restringe somente ao confronto genético, mas a perícia em si vai tentar identificar, a partir de um aparelho scanner, o que provocou a morte, pois existem indicativos de que tenha sido ateado fogo no corpo. O exame mais detalhado também poderá encontrar algum projétil nos ossos, provando que ela sido atingida por disparo de arma de fogo”, explicou.

. Rafael Muzy Bittencourt, da 10ª Promotoria de Justiça do MPPR, fala sobre as investigações. Foto: José Aldinan

Rafael já atuava na 1ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa e assumiu a titularidade da 10ª Promotoria no mês de maio. Desde então, conduz as investigações do caso, ao lado do Setor Operacional de Homicídios.

Investigações estão avançadas, diz promotor

Segundo o promotor, as investigações prosseguem em uma linha avançada quanto à suposta autoria do crime. Ainda no mês de março, dois homens foram presos por tráfico de drogas e, na época, a Polícia Civil entendeu que eles poderiam ser suspeitos da morte. Ambos foram soltos semanas depois, por a Justiça entender que não haviam provas concretas sobre a suspeita. “Tem mais pessoas sendo investigadas e a parte da autoria já está bem clara a partir da coleta de dados da Polícia Civil. Só precisamos agora aguardar a conclusão da parte pericial. Sei que a comunidade espera uma resposta e os órgãos não estão medindo esforços para apurar a responsabilidade dos autores”, destacou o promotor.

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