Apesar da redução do volume hídrico na região de Ponta Grossa, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) informou que não há, no momento, risco imediato de necessidade de racionamento no município.
Questionada pelo DC, a gerente geral da Sanepar Região Sudeste, Jeanne Schmidt, informou que a represa de Alagados está com 7,12 metros de profundidade em relação à lâmina da água. Em época normal, a lâmina d'agua fica entre 9 e 10 metros. A represa está com volume útil em torno de 30%. No rio Pitangui, a vazão está reduzida em torno de 70%. Apesar da necessidade de chuva para adequar o volume de água, ainda não há necessidade de rodízio ou racionamento.
“Nos últimos três meses estamos com volume de chuvas que corresponde a apenas 20% a 30% do verificado historicamente. Ainda assim, não temos como prever como se darão a chuva e o consumo. Na quarta-feira era esperado de 30 milímetros de chuva na região, mas houve apenas 12 milímetros”, diz. Jeanne reafirma que o consumo aumentou cerca de 9%, e pede que a população evite consumo desnecessário, como lavar o carro e a calçada. Porque o risco de racionamento ainda não existe, mas não está eliminado a médio prazo.
Emergência
O agravamento da estiagem no Paraná fez o Governo do Estado a decretar situação de emergência hídrica por 180 dias. O decreto foi assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e publicado no Diário Oficial de quinta-feira (07). A medida busca agilizar processos e evitar que a população possa ficar sem água por um longo período. O texto do decreto 4.626/2020 regulamenta e dá respaldo às empresas de água que atuam no Estado para tomar medidas de racionamento, equilibrando a distribuição entre todos os consumidores e regiões. Fica permitido rodízio no abastecimento por até 24 horas.