em

Saiba como está a situação dos museus de Ponta Grossa

Museu Campos Gerais

Documentos e materiais não estão armazenados de forma correta, por falta de espaço. (Foto: José Aldinan)

O Museu Campos Gerais pertence à Universidade Estadual de Ponta Grossa e foi fundado em 1983, na sede do antigo Fórum. O local conta com um rico acervo sobre a história da cidade e está dividido com sessões de paleontologia, indígena, ambiente regional, tropeirismo, pesquisas, entre outras.

Ele comporta uma biblioteca que armazena fotos, jornais, revistas e documentos antigos de relevante importância para a história local. Mesmo com um acervo rico para apresentar às escolas, o local enfrenta problemas estruturais e falta de funcionários.

Até 2005, o museu funcionou no mesmo local, mas por conta de problemas estruturais, o prédio antigo foi fechado para restauro e manutenção. "Então o museu passou a funcionar no prédio do antigo Banestado, após um acordo firmado entre a universidade e o Itaú. E até hoje buscamos verbas para concluir a reforma do antigo Fórum", explica o historiador Niltonci, que também assumiu recentemente a direção do Museu Campos Gerais.

Atualmente, segundo o diretor, o museu enfrenta problemas ligados à estrutura e falta de funcionários, situação que afeta os próprios servidores e também os visitantes.

"A falta de reposição dos funcionários é um problema que o serviço público do Brasil vem vivendo. E na UEPG não é diferente. O museu atua com seis funcionários e sete estagiários, quando o ideal seria 10 de cada", explica.

"Nós também não temos equipes de segurança e limpeza. Outro problema é a manutenção da estrutura. Por exemplo, a calçada da frente do museu está com buracos e alguém pode se machucar. A marquise do prédio está com cano entupido e fica pingando água, uma situação desagradável, além da falta de um espaço adequado para armazenar documentos importantes", completa Niltonci.

)))

Museu de Arqueologia

Moacir Elias, idealizador do museu, reproduziu uma réplica da Luzia que estava exposta no Museu Nacional. (Foto: Fábio Matavelli)

Inaugurado em 2001, o Museu de Arqueologia de Ponta Grosa é um projeto elaborado pelo arqueólogo e egiptólogo Moacir Elias Santos com o objetivo de contribuir com a educação e cultura da comunidade servindo de apoio didático aos professores e estudantes da região. Neste espaço são divulgados arte, arqueologia e história da civilização egípcia com cerca de dois mil objetos.

O diretor e arqueólogo do museu explica que diversas peças expostas no museu são réplicas das que estavam expostas no Museu Nacional. "Trabalhei quatro anos no museu do Rio de Janeiro quando pesquisei a coleção egípcia e manuseei alguns dos objetos que se perderam", explica.

Segundo Moacir, um tempo depois, ele reproduziu a cabeça da Luzia – fóssil humano batizado com esse nome e considerado o mais antigo encontrado na América, com cerca de 12.500 a 13.000 anos – e hoje temos aqui no museu uma cópia da sua reconstrução facial", comenta.

Apesar estar sob a coordenação pessoal do arqueólogo, o museu também enfrenta problemas e que podem ser melhorados com o apoio do poder público. "O museu se mantém com verba de visitação e nunca recebemos ajuda governamental. No entanto, estamos com pouco espaço e teríamos que ampliar o museu para expor peças do acervo que estão guardadas. Acredito que seria muito importante se Ponta Grossa se comprometesse mais com a cultura local", destaca Moacir.

)))

Casa da Memória

Cercas de ferro que protegiam a Casa da Memória foram retiradas. (Foto: Divulgação)

A Casa da Memória é mantida pela Prefeitura Municipal de Ponta Grossa e administrada pela Fundação Municipal de Cultura. O local é um Centro de Documentação Histórica. Lá existe um acervo dos jornais da cidade, plantas de imóveis e tipografias da cidade, fotografias antigas, objetos que pertenciam a linha ferroviária, o acervo de mais de 40 mil fotografias dos Bianchi, discos de vinis, gibis e livros raros.

O lugar rico em acervo, também enfrenta problemas estruturais, o que compromete todos os documentos, em caso de algum acidente. "Recentemente, a Prefeitura de Ponta Grossa retirou a cerca que fazia proteção à Casa da Memória. O local é um prédio de 1894 e, desde a retirada da cerca, já foi pichado", alega o historiador e professor de História, Niltonci Chaves.

Muitas pessoas, segundo Chaves, estão dormindo embaixo das marquises no imóvel. "Nada contra isso, mas numa noite de inverno, uma pessoa que acenda uma lamparina, poderá causar um incêndio que, em 20 minutos, consumirá todo o acervo que existe lá", alega.

Em nota, a Fundação de Cultura alegou que foram retirados itens que não são originais do prédio e informou que esta situação não é um problema exclusivo do município. No entanto, não foi informado sobre medidas de segurança que serão adotadas para impedir pichações e depredações no imóvel.

)))

Museu Época

Museu Época segue fechado há mais de um ano. (Foto: Divulgação)

O Museu Época possui um acervo com peças que retratam a história de várias regiões do Brasil, com coleção de moedas antigas, com destaque para duas de ouro, datadas de 1720, além de espadas utilizadas na Guerra do Paraguai, rádios, armas, fotos, diversos telefones, móveis e outros objetos de igual valor histórico. A casa onde o museu está instalado foi construída por volta de 1880 e apresenta estilo arquitetônico Art Noveau.

No entanto, o museu está fechado há mais de um ano em decorrência de problemas de saúde do seu fundador, Aristides Spósito. Ele era o único que cuidava do museu, que tinha sua entrada gratuita. O imóvel segue fechado e não há previsão de reabertura do museu.

)))))))))))))))))

Serviços

Museu Campos Gerais

Horário: Terça a sexta – 08 às 11:45 e 13:30 às 17:15
Sábado – 08 às 12 horas e 13 às 17
Entrada Franca
Endereço: Rua Engenheiro Schamber, 686 – Centro

Telefone: (42) 3220.3470
 

Museu de Arqueologia

Horário: Terça a sexta-feira das 8 às 12 horas e 13h30 às 17h30

Sábado e domingo das 13h30 às 17h30

?Entrada: R$10 para público geral e R$5 para estudantes, maiores de 65 anos e professores acompanhados de seus alunos

?Endereço: Rua José Joaquim da Maia, 154 – Oficinas

Telefone: (42) 3229.2109

Casa da Memória

Horário: segunda a sexta-feira das 9 às 17 horas

Entrada franca

Endereço: Rua Benjamin Constant, 318

Telefone: (42) 3901-1584

 

 

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.