Casos graves de assaltos, mortes e violência tem gerado insegurança e medo em toda a população. Se crimes envolvendo roubos já preocupam, situações onde as vítimas são mortas pelos criminosos tornam tudo ainda mais complicado, gerando uma mistura de sentimentos, entre revolta e insegurança. Aliado a isso, existe outra situação alarmante que é a violência contra a mulher. Registros de abusos sexuais, estupros e espancamento até a morte juntam-se nesta onda de criminalidade no município.
Exemplo disso é o crime registrado na noite de quarta-feira (4), no bairro Chapada. Um rapaz de 30 anos, identificado como Paulo Cézar Batista, foi morto a tiros por tentar defender a namorada de um estuprador. A situação aconteceu quando a adolescente (nome preservado) e Paulo foram abordados pelo criminoso na Rua Antônio Schemberger.
O suspeito estava armado com revólver e disse que se tratava de um assalto. Em seguida, ordenou que os dois entrassem em um matagal e começou a abusar sexualmente da jovem. Segundo a polícia, durante o estupro, o bandido ainda apontava a arma na cabeça da vítima. Na tentativa de tentar defender a namorada, Paulo entrou em luta corporal com o suspeito e acabou baleado com dois tiros. Um dos disparos atingiu o braço e o outro perfurou o pulmão da vítima.
De acordo com a PM, o autor fugiu momentos depois levando a bicicleta de uma das vítimas. Equipes do Siate e Samu prestaram os primeiros atendimentos ao rapaz e depois o encaminharam para o hospital Santa Casa de Misericórdia. Mas, por conta dos ferimentos, a vítima não resistiu e morreu horas depois. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal. A jovem também foi socorrida e levada ao Pronto Socorro para receber atendimento médico e, em seguida, foi conduzida à delegacia para confeccionar laudo pericial.
Investigação
De acordo com os relatos da adolescente, o autor do crime tinha 1,70 metros de altura e aparentava ser acima do peso. Segundo o delegado de Furtos e Roubos, Maurício Souza da Luz, a Polícia Civil trabalha na identificação do suspeito e coleta informações para descobrir se a intenção do autor era mesmo praticar um assalto ou somente o estupro da garota.
Violência
Somente neste ano, Ponta Grossa já registrou mais de mil casos de violência contra a mulher. Segundo a delegada Cláudia Krüger, responsável pela Delegacia da Mulher, apesar de alto, o número mostra que as mulheres estão denunciando cada vez mais os seus agressores. “A demanda é sempre alta, mas vemos isso como um fator positivo, visto que envolve uma série de fatores, inclusive o crescimento da população. Além disso, as mulheres já estão sem medo e estão tomando iniciativa de denunciar”, comenta.
Denuncie
Denúncias de agressões contra a mulher podem ser feitas diretamente na Delegacia da Mulher, localizada na Rua XV de Novembro, 909 – Centro, ou pelo 190 da Polícia Militar.