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Rede municipal de saúde tem deficit de psiquiatras

O município de Ponta Grossa possui 10 médicos psiquiatras no atendimento pelo SUS. Esse é o dado mais atualizado da Secretaria Municipal de Saúde, que apontava avanços no atendimento ao longo dos últimos anos. Conforme reportagem publicada pelo DC em 2009, o número de profissionais mais que dobrou. Naquele ano, eram apenas quatro psiquiatras. De lá para cá, o incremento veio aliado à contratação de mais equipes e melhorias estruturais nos centros de atenção psicossocial (Caps).

Apesar do importante incremento, a diretora de saúde mental, Ana Paula Almeida Rocha Ohata, lembra que a OMS preconiza que os municípios tenham um psiquiatra para cada grupo de 25 mil habitantes. Significaria que uma cidade como Ponta Grossa, com aproximadamente 344 mil moradores, deveria ter cerca de 13 psiquiatras, três a mais que o número atual.

Ana Paula destaca que a questão vai além de um eventual problema de gestão. “No último concurso público que fizemos, foram poucos inscritos e apenas um candidato passou nas provas. Inclusive foi contratado. No penúltimo concurso público, não tivemos interessados. Então, também precisamos contar com o interesse desses profissionais de fazerem parte da rede SUS”, diz.

A demanda na cidade é grande. Somente nos casos considerados mais graves, foram realizados 7.153 entre janeiro de 2017 e maio de 2018. No setor de atenção primária a cidade tem o registro de 5.452 pessoas com diagnóstico de saúde mental. Cruzando esses números, a Secretaria estima que pelo menos 10 mil pessoas estão diagnosticadas com questões envolvendo saúde mental. Mas o número tende a ser maior.

Atendimento

A cidade conta com um ambulatório de saúde mental, três centros de atenção psicossocial (Caps), e também realiza o atendimento desses pacientes nas instituições conveniadas (Hospital Universitário e Consórcio Intermunicipal de Saúde). Os psiquiatras estão divididos entre aqueles que realizam consultas eletivas para casos leves e moderados (dois no ambulatório, um no HU e um no consórcio); e aqueles que atendem os casos mais graves (três no Caps Álcool Drogas, e três no Caps Transtornos Mentais).

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