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Próximos dias serão decisivos para o agronegócio da região

Plantio de milho e feijão deve ser intensificado e, junto ao cultivo do trigo, aguarda chuvas para o desenvolvimento saudável das plantas

Os próximos dias serão decisivos para o agronegócio dos Campos Gerais, que depende de chuvas para conseguir obter bons desenvolvimentos tanto no milho e no feijão, que terão seu plantio intensificado já nesta semana, quanto para o trigo, que está em uma fase que necessita de umidade para seguir crescendo. 

A análise é feita pelo economista Luiz Alberto Vantroba, do núcleo regional do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab). 

“Na nossa região o milho já está uns 30% plantado e o feijão uns 15%. Os plantios serão intensificados nesta semana porque a chuva que ocorreu sábado (11), que deu em torno de 10 mm, ocorreu em praticamente todos os municípios da região e esta semana deve chover mais”, aponta ele, lembrando que o plantio dos dois grãos deve ser praticamente encerrado em setembro.

Outra cultura que também aguarda um volume expressivo de chuvas é o trigo, que no núcleo regional de Ponta Grossa está, em sua maioria, em fase de enchimento de grãos. 

“Nesta fase é necessário ter umidade no solo, então as chuvas de sábado já ajudaram. A colheita deve começar na próxima semana principalmente e municípios mais ao norte do núcleo,como Arapoti e Ventania, por exemplo. O forte da colheita acontece só a partir de 15 de outubro e pode seguir até 15 de novembro, já que mais ao Sul, como Ponta Grossa e Castro, vai mais longe”, destaca Vantroba.

Soja

Iniciou nesta segunda-feira (13) o calendário de semeadura da soja no Paraná, que segue até 31 de janeiro. Porém, nos municípios do entorno de Ponta Grossa o plantio do grão deve ser intensificado apenas a partir de 10 de outubro. “Agora tem alguns produtores que optam por uma antecipação, mas por mais que o zoneamento permita não é tradição plantar já. Alguns o fazem com a intenção de fazer uma segunda safra, que pode ser de milho, feijão ou da própria soja”, explica o economista do núcleo regional.

“O pessoal que plantou cedo no ano passado se saiu mal, pois pegou uma estiagem maior que prejudicou a soja precoce. Até o fim de outro devem ter no solo de 60 a 70% da soja, que deve chegar aos 100% até, no máximo, 15 de novembro”, estima.

Estimativa prevê safra de verão bem melhor neste ano na região

A última estimativa mensal divulgada pelo Deral, datada do fim de agosto, prevê uma safra de verão bem melhor neste ano para os municípios que integram o núcleo regional de Ponta Grossa, delimitado pela Seab.

Após um ano marcado pela irregularidade de condições climáticas, que contou com uma safra de grãos de verão 8,8% menor que a anterior, para o próximo período produtivo as expectativas são melhores: no caso do feijão, por exemplo, a estimativa é um crescimento de 31% na colheita, mesmo com uma queda de 2% na área destinada a este cultivo.

O milho, que deve crescer 10% em área e 24% em rendimento, pode render 365 de toneladas a mais para os produtores da região, enquanto que a soja pode contar com uma retração de 1% em área mas, devido ao aumento de rendimento, gerar uma produção 3% maior.

“A área da soja deve ficar um pouquinho menor em função do aumento da área do milho, pois como não temos mais fronteiras agrícolas o espaço tem que sair de algum lugar. Para isso, se troca de cultura ou se usa áreas antes voltadas a pastagens, reflorestamentos ou as chamadas áreas marginais, que estavam sendo mal utilizadas”, avalia Luiz Alberto Vantroba.

Municípios do núcleo regional

São considerados como núcleo regional de Ponta Grossa os municípios de Castro, Piraí do Sul, Arapoti, Jaguariaíva, Sengés, Ortigueira, Palmeira, Porto Amazonas, São João do Triunfo, Carambeí, Ipiranga, Ivaí, Ponta Grossa, Imbaú, Reserva, Telêmaco Borba,Tibagi e Ventania.

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