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Protestos pautam sessão na Câmara e dividem vereadores

Sessão foi interrompida diversas vezes pelos manifestantes Foto: José Aldinan

A sessão da Câmara de Ponta Grossa transcorreu tensa, nessa quarta-feira (9). Em meio a vários projetos de lei, o motivo da instabilidade foi o mesmo que vem causando polêmica, dividindo opiniões e deixando os ânimos exaltados em várias regiões do País: o resultado das eleições presidenciais.

Dez dias após ser declarada vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), opositor do atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), eleitores de Bolsonaro segue protestando contra o resultado. Nessa quarta, parte dos manifestantes deixou o acampamento na Praça Marechal Floriano Peixoto, para participar da sessão.

Os presentes tentaram bloquear as falas do vereador Dr. Erick (PSDB). Isso porque ele fez duas proposições que deixaram descontentes o grupo que pede apoio das forças armadas e questiona o resultado das eleições. Dr. Erick protocolou pedido de moção de aplauso ao ministro Alexandre de Moraes, considerado “persona non grata” entre os manifestantes. O outro pedido foi para que o Poder Executivo informe que autorização foi data para que a praça seja ocupada pelo grupo, que montou barracas e banheiros químicos no local.

A moção de aplauso foi retirada antes de ser votada, mas isso não acalmou o grupo vestido de verde e amarelo, que interrompeu o vereador sempre que começava a falar. “Pedir ditadura militar é crime. É o cúmulo da extrapolação dos limites democráticos!” disse o vereador, pouco antes da próxima interrupção, feita ao som de “o povo, unido, jamais será vencido”.

A vereadora Josi do Coletivo (Psol) fez uso do microfone, para questionar quais seriam as providências em relação ao “movimento antidemocrático” que ocorre na praça, tombada pelo Compac. Também foi interrompida aos berros. Geraldo Stocco (PV) também destacou a importância de se combater a menção à volta da ditadura militar, como sendo coisa boa.

Clima de Copa


Outros vereadores, como Paulo Balansin (PSD), Leandro Bianco (Republicanos), Felipe Passos (PSDB), Léo Farmacêutico (PV) e Missionária Adriana (SD), saíram em defesa dos manifestantes. A fala do vereador Pastor Ezequiel Bueno, que também tem histórico militar, arrancou aplausos da galeria. O clima era de Copa, com parte do público e dos vereadores vestindo camisa da seleção, e com comemorações ou vaias conforme a posse de bola, isto é, do microfone. Ezequiel destacou que a praça está tomada por “pais de família, mães de família, crianças, avós, avôs, trabalhadores, agricultores, empresários, empregadores… (…) E nunca se viu uma praça tão bonita e tão limpa como aquele, e de verde e amarelo”. O presidente Daniel Milla (PSD) expôs seu parecer: “é um direito constitucional a livre manifestação. As vias são públicas. As praças são públicas”.

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