A Prolar planeja levar o projeto de horta comunitária a pelo menos mais seis loteamentos vinculados ao órgão. A informação é do diretor-presidente da Prolar, Dino Schrutt, que prevê para o primeiro semestre de 2019 o programa de expansão do projeto. A ideia é fazer o chamamento dos presidentes das associações de bairro, verificando quais regiões têm interesse na implantação. Um projeto piloto realizado na região do Costa Rica já tem total aprovação da Prefeitura de Ponta Grossa.
“De cara, já pudemos ver [os benefícios] na questão da educação ambiental, no uso da horta para o consumo pelas famílias e, em uma segunda etapa, na economia solidária. Hoje, periodicamente ocorrem as colheitas da produção, destinadas a consumo próprio e à venda dos sacolões dos itens colhidos”, diz Schrutt.
Tereza Santos da Silva é moradora do Costa Rica desde sua criação, e está entre as 80 famílias que se cadastraram no projeto da horta comunitária. “No começo era tudo meio confuso. Um tirava verdura do outro. Depois ficou tudo mais organizado. Agora a gente faz trocas, usa uma parte e vende. Eu comercializo até com mercado. A atividade gera renda e ainda é uma terapia, além de servir para encontrar os vizinhos”, comenta. Parte do dinheiro arrecadado com a venda dos orgânicos é destinada à manutenção da horta e o lucro dividido entre os moradores.
No Costa Rica, a implantação ocorre por meio do programa Cultiva Energia da Copel, em parceria com Prolar, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Sanepar. Ali, a ideia é aproveitar o terreno sob a rede de alta tensão, orientando a população sobre os riscos da eletricidade, ao mesmo tempo que é utilizado uma área antes ociosas para conscientização ambiental.
Ampliação
Ainda no Costa Rica, a Prolar tem a intenção de expandir a horta dentro da área da rede de alta tensão. A Prolar chegou a criar projeto parecido em casas dos residenciais Parque dos Sabiás e Andorinhas. Agora, o Jardim Panamá está em fase de terraplanagem de mais uma área, cujo início da formação de horta está previsto para o próximo mês. “Queremos oferecer, não só uma moradia digna em um bairro planejado, mas principalmente melhorar a qualidade de vida, cultura e estabelecer capacitação e qualificação através da educação ambiental dos moradores”, diz Dino Schrutt. Segundo a Prolar, os conjuntos Roma, Athenas, Itapoá, Amália e Porto Seguro também devem receber o projeto.