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Projeto reveste casas para proteger famílias do frio

Desde setembro de 2018, Ponta Grossa foi contemplada com o projeto Brasil Sem Frestas que reveste casas das famílias carentes com caixas de leite. A ação, que já acontecia em Curitiba e região metropolitana, atua em regiões precárias da cidade com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores que vivem em casas de madeira, sem qualquer vedação contra o vento, frio e chuva.

Com a ajuda de voluntários, o projeto trabalha com a arrecadação das caixas de leite e na costura do material que é grampeado nas paredes das moradias. De acordo com o Brasil Sem Frestas, as camadas de alumínio funcionam como um isolante térmico. No inverno, ajuda a deixar o ambiente oito graus mais quente e no calor torna a residência mais fresca.

Coordenadora do projeto em Ponta Grossa, a enfermeira Evelyn Liber Nogueira, conta que conheceu o Brasil Sem Frestas pelas redes sociais e passou a mobilizar voluntários para ajudar. "Hoje estamos com 40 voluntários e já conseguimos arrecadar 200 mil caixinhas de leite. Em oito meses de projeto, já revestimos 15 casas em diversas vilas, como Santa Mônica, Bonsucesso, Vila Margarida, Vila Cachoeira, entre outras", relata.

A ação solidária chegou ao conhecimento da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), através do Serviço Social da Indústria (Sesi), que neste ano firmou uma parceria com o Brasil Sem Frestas. Segundo Reinaldo Luan Rodrigues, coordenador de Educação, todos os alunos do colégio Sesi foram mobilizados para arrecadar as caixas de leite, limpá-las e prepará-las para a fixação nas paredes das casas.

"Mas foram os alunos do 1° ano que colocaram a mão na massa, através da oficina Irmãos à Obra, e foram até a casa de uma das famílias, juntamente com os voluntários do projeto, para ajudar a colocar as caixas. Para esta casa foram utilizadas quatro mil caixas. Mas, ao todo, o Sesi arrecadou 20 mil embalagens. Além do conhecimento, vejo que esta ação foi uma formar de confrontar os alunos com a realidade destas famílias carentes", disse Reinaldo.

Dona Natália organiza utensílios na cozinha nova. Foto: José Aldinan

 

Qualidade de vida

'Quentinha' é a palavra que define como está a casa da dona Natália de Jesus Ferreira, de 47 anos. Com a parceria entre os alunos do Sesi e o Brasil Sem Frestas, a moradia foi toda revestida com as caixas de leite na última semana.

Dona Natália mora com o marido, seis filhos e uma neta, de um ano, em uma casa de madeira, localizada no bairro Boa Vista, com apenas quatro cômodos. A única renda da família vem da venda de materiais recicláveis. A moradora conta que todos sentiam muito frio à noite por conta do vento que encanava entre as frestas da casa.

Casa da família encanava vento por conta das frestas. Foto: José Aldinan.

 

"Eu tinha muito medo do bebê pegar uma pneumonia. Mas agora melhorou muito. Achei que a minha casa ficou até mais bonita, toda prateada e quentinha. Ficou bem mais fácil de limpar também. É só passar um pano que a sujeira já sai", comenta.

O filho de Natália, Ederson Natan da Silva, 13 anos, também gostou da novidade. "Ficou muito legal. A minha casa agora está estilosa, sem contar que agora temos janelas nos quartos", disse o adolescente.

Quarto das crianças conta com janela para inibir a entrada do vento. Foto: José Aldinan

 

Para ajudar

Ponta Grossa conta com 27 pontos de coleta das caixas de leite espalhados em estabelecimentos comerciais e instituições na região dos bairros Nova Rússia, Oficinas e Centro.

O projeto também busca apoio para comprar os materiais de costura, grampeadores, extratores, grampos, tesouras, luvas descartáveis, luvas de seguranças, martelo, escadas, caixas de coletas, fitas isolantes, fios agulhas, além de ajuda para as famílias como cestas básicas e utensílios domésticos.

Os interessados em colaborar ou se tornar voluntários podem entrar em contato pelos números (42) 9 9946-2270 ou (42) 9 9137-8120.

Casa da família ficou mais aquecida com as caixas de leite. Foto: José Aldinan

 

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